



Um jabuti que teve metade do corpo queimado durante um incêndio em um canavial de Araçatuba (SP) está em tratamento e se recuperando bem há cerca de um mês. O animal recebe cuidados no Centro de Recuperação e Triagem de Animais Silvestres da Faculdade de Medicina Veterinária da Unesp, no campus de Araçatuba.

A médica veterinária Mariana Prada de Lima, responsável pelo centro, explica que as lesões causadas pelo fogo são apenas parte do problema. “Até então tem duas patas dele que estavam bem comprometidas, aí ele vai tendo problemas secundários por conta deste estresse, cai a imunidade e ele vai desenvolvendo outras coisas além da lesão causada pelo incêndio. A gente vai dando todo suporte e alimentação”, afirma.
Incêndios e a fuga de animais para áreas urbanas
O caso do jabuti ressalta o perigo dos incêndios para a fauna silvestre da região, onde focos de fogo em vegetação têm sido frequentes.
No último sábado (4), um incêndio em um canavial e milharal, na Rodovia Gérson Dourado de Oliveira, em Itapura, mobilizou equipes de Defesa Civil e brigadistas. A fumaça intensa obrigou o DER a interditar totalmente a via entre os quilômetros 25 e 28.
Ainda no sábado, outro incêndio em um canavial de Glicério (SP) atingiu cerca de 10 hectares. Durante o combate às chamas, equipes da Defesa Civil e trabalhadores de uma usina flagraram um tamanduá fugindo do local, mas ele não se feriu.
Orientação em caso de encontrar animais silvestres
O tenente Antônio Adalberto Alves da Rocha, do Corpo de Bombeiros, orienta a população sobre como agir ao encontrar animais silvestres que fogem dos incêndios e buscam abrigo em áreas urbanas.
“O que a gente orienta nesses casos é que as pessoas mantenham distância desses animais e não tentem capturar ou oferecer água para eles, e sempre acionem os órgãos competentes“, explica o tenente, destacando que é comum que esses animais procurem refúgio em residências durante o período de estiagem.












