Um casal de italianos ingressou na Justiça de Rio Preto com pedido de adoção de duas crianças da cidade, uma de 7 e outra de 9 anos. Os irmãos estão abrigado no projeto Teia e só deixarão o local depois de a Justiça analisar e aprovar a adoção pelo casal estrangeiro. O caso dos irmãos é o terceiro de adoção internacional em Rio Preto nos últimos 17 anos, de acordo com o juiz da Infância e Juventude da cidade, Osni Assis Pereira. “Solicitei que fossem feitas fotos e filmagens dos irmãos para que o casal possa conhecer as crianças e a rotina que elas têm aqui em Rio Preto. O material foi encaminhado para Itália como forma de agilizar o processo de adoção”, afirma Pereira. “Não posso conceder a guarda dessas crianças se ao menos não houver empatia do casal com os irmãos. Não posso deixar que eles venham até o Brasil e sequer gostem das crianças, isso será muito frustrante a elas.”
A língua italiana e a diferença cultura entre os países são obstáculos que o juiz pretende transpor caso o casal e os irmãos se identifiquem como uma família. “É um processo mais delicado que uma adoção nacional. Nesses casos, as pessoas falam a mesma língua e não existem grandes problemas de adaptação das crianças aos novos lares”, afirma o magistrado. Nos últimos 17 anos, Pereira afirma ter concluído 950 processos de adoção no Fórum de Rio Preto, a maior parte delas para famílias da cidade e região. Somente no último ano, 40 crianças ganharam pais adotivos. Em 2007, foram concluídos outros 48 processos de adoção em Rio Preto.
“Cada número é uma conquista. É uma criança que não tinha onde morar ou vivia com problemas familiares graves como álcool, drogas e agressões e encontrou um lar, um lugar seguro e com amor para viver e se desenvolver”, diz o juiz.