domingo, 24 de novembro de 2024
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Irmãs são presas após rasparem cabelo de rival com um facão

Duas irmãs foram presas em Alexânia, no Entorno do Distrito Federal, após rasparem o cabelo de uma rival com um faca do tipo peixeira. De acordo com a delegada Silzane…

Duas irmãs foram presas em Alexânia, no Entorno do Distrito Federal, após rasparem o cabelo de uma rival com um faca do tipo peixeira. De acordo com a delegada Silzane Bicalho, o crime aconteceu após a vítima, de 25 anos, dizer que a mãe das suspeitas, Clara Laiz Alves e Sarah Aparecida Alves, que tem câncer, morreria careca.

“Elas eram amigas, iniciou uma rivalidade entre elas e a vítima teria zombado da mãe das autoras, que tem câncer, falando que ela morreria careca. Por isso elas foram lá e arrancaram o cabelo da vítima com a faca”, detalhou a delegada.

O crime aconteceu na tarde de quinta-feira (9). Ao g1, o advogado Dyego César, que representa as irmãs, disse não acreditar que tenha ocorrido uma tentativa de homicídio, “apenas uma lesão corporal”. Para a defesa, “em virtude do equívoco das acusadas em postar vídeos, fez com que a opinião pública pressionasse o poder judiciário a tomar atitudes mais enérgicas”.

A corporação ainda disse que, além dos cabelos arrancados, a vítima teve um corte na perna e outro profundo na mão, entre os dedos, por tentar segurar a faca. Um vídeo divulgado pelas suspeitas em grupos de aplicativos de mensagens da cidade mostram uma delas segurando os cabelos arrancados da vítima.Como o nome da vítima não foi divulgado, o g1 não conseguiu atualizar o estado de saúde dela.

“Segundo a relatos a autuada Clara Laiz avançou na vítima com uma faca em punho e começou a cortar seus cabelos, enquanto Sarah Aparecida também portando uma faca continha a mãe da vítima. A vítima relatou que Clara Laiz após cortar seus cabelos tentou matá-la, desferindo vários golpes com a ponta da faca voltada para seu corpo utilizando-se de muita força”, narra a decisão que decretou a prisão preventiva das irmãs.

A decisão foi assinada pelo juiz Fernando Augusto Chacha de Rezende na sexta-feira (10). No documento, é explicado que a o decreto da prisão preventiva das irmãs teve o objetivo de “garantir a ordem pública”.

“Aliado a gravidade em concreto da conduta, sendo a vítima agredida pelas autuadas com uso de arma branca causando diversos ferimentos, além de ter seu cabelo cortado, tudo isso na presença de sua genitora, que foi impedida de defender a filha o que demonstra grande audácia e crueldade. Além do sofrimento físico experimentado pela vítima, não se pode descurar que a ação não só foi gravada como exposta nas redes sociais, causando repercussão na comunidade local”, disse o juiz.

Tentativa de homicídio
A polícia explicou que o crime aconteceu na casa da vítima. De acordo com a delegada, as mulheres estavam acompanhadas de um menor de idade, que estava armado e um outro homem, que gravava a situação, mas não foi identificado pela polícia. O homem identificado não foi localizado e preso até a manhã deste sábado (11).

Ainda de acordo com a polícia, durante o crime, a mãe da vítima também ficou lesionada ao entrar no meio da situação para tentar impedir as agressões. A delegada ainda contou que, antes de irem até a casa da jovem agredida, o grupo chegou a invadir outra casa atrás de outra rival, mas a mulher não estava em casa.

Após o crime, elas foram encaminhadas ao presídio de Luziânia.

Nota da defesa das irmãs na íntegra:
Vou me posicionar apenas no sentido de dizer q não houve tentativa de homicídio. Apenas lesão corporal. No entanto, em virtude do equívoco das acusadas em postar vídeos, fez com que a opinião pública pressionasse o poder judiciário a tomar atitudes mais enérgicas. No entanto, ambas são primárias e de bons antecedentes, e será provado fartamente durante a instrução processual que não houve tentativa de homicídio.

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