A justiça condenou o Lar São Vicente de Paulo, em Rio Preto, a pagar uma indenização de R$ 313 mil à irmã de João Batista Pereira de Carvalho. O homem, que tinha 63 anos, morreu queimado depois de ser amarrado em uma poltrona e usar um isqueiro para tentar se soltar. A sentença foi proferida pelo juiz Março Aurélio.
O caso foi registrado em 21 de agosto de 2019. O Ministério Público de São José do Rio Preto (SP) denunciou duas funcionárias do Lar São Vicente de Paulo pela morte do homem.
De acordo com a denúncia feita pelo promotor de Justiça Sérgio Acayaba de Toledo, João apresentou pico de pressão no dia em que veio a óbito. Como ele possuía convênio médico, normalmente não era atendido pela médica da instituição, mas sim encaminhado a um hospital do município. O promotor detalha que as denunciadas assumiram o turno noturno e foram orientadas pela médica da instituição de que, devido à alteração da pressão, o idoso deveria pernoitar no núcleo de dependentes, a fim de ficar sob maior observação. Ele também alega que pelas imagens de segurança é possível notar que a vítima fumou alguns cigarros, sofreu uma queda e foi amarrada pelas denunciadas em uma poltrona por meio de tiras de tecido.
Segundo a denúncia, as funcionárias mantiveram João contido e foram realizar outros afazeres no asilo, desrespeitando, assim, outra norma técnica de que teriam que monitorá-lo de forma ininterrupta, de acordo com a determinação do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) e orientação da médica.
O sbtiinterior.com procurou os responsáveis pelo asilo, mas não obteve retorno.