O São Paulo que começará a temporada de 2019 deverá ter menos linhas de expressão no rosto do que o do início de 2018.
Apostando na contratação de jovens talentos em detrimento de atletas já rodados, e com André Jardine, que passou três anos na base do clube, no comando técnico, a tendência é ver um elenco rejuvenescido.
Até agora, a diretoria anunciou a chegada de dois reforços: os laterais Igor Vinícius, de 21 anos, e Léo, de 22. Como comparação, a primeira aquisição para a temporada de 2018 foi Edimar, na época com 31. Depois, viriam em janeiro Diego Souza (32), Nenê (36), Anderson Martins (30) e Tréllez (28), que se juntavam a um grupo já composto por Sidão (35), Jucilei (29), Petros (28) e Cueva (26).
A média de idade de 25 anos do time-base que iniciou as competições só não era maior porque Éder Militão, então com 20, e Marcos Guilherme, com 22, ajudavam a puxar para baixo o número.
Há duas explicações para a mudança de foco no planejamento de um ano ao outro. A mais óbvia delas: após contratar tanta gente experiente, a ideia é mesclar o elenco com quem está começando. Não faria sentido trazer mais “veteranos” para uma temporada desgastante que pode durar em torno de 80 partidas, dependendo do desempenho da equipe.
A outra é a presença de André Jardine no comando. Multicampeão quando treinou o sub-20 tricolor, ele conhece como poucos as fornadas que saíram nos últimos anos de Cotia, sede das divisões inferiores do São Paulo. Já ao longo deste ano, como auxiliar do uruguaio Diego Aguirre, foi peça fundamental na promoção de alguns talentos lapidados pelo clube, como os volantes Luan, de 19 anos, e Liziero, 20.
Posteriormente, subiriam ainda Helinho, de 18 anos, Antony, outro de 18, e Igor Gomes, de 19. O primeiro já ganhou espaço no time titular na reta final do Campeonato Brasileiro. Os outros treinam diariamente no CT da Barra Funda com os profissionais, assim como Brenner, 18, e Pedro Bortoluzo, este um pouco mais “velho”: tem 22.
No fim de novembro, a equipe sub-23 conquistou o Brasileirão de Aspirantes, o que reforça a tendência da diretoria de apostar nas caras novas criadas em casa.