O investigador aposentado e pecuarista Juraci Garcia Lopes, 56 anos, se apresentou ontem à Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Rio Preto e confessou ser o autor dos disparos que mataram seu irmão, o também pecuarista Jarbas Garcia Lopes, 55, no dia 23 de agosto passado. Ele alegou legítima defesa, e foi indiciado por homicídio doloso, crime com pena de seis a 20 anos de prisão.
Como não houve flagrante e não existe nenhuma ordem de prisão contra Juraci, ele foi ouvido pelo delegado Alceu Lima de Oliveira Júnior, e depois liberado. O acusado também entregou à polícia um revólver calibre 38. A arma, que tem o mesmo calibre das cápsulas encontradas pela Polícia Científica ao lado do corpo de Jarbas, será encaminhada para perícia.
Juraci alegou ter sido vítima de uma emboscada por parte do irmão. “Havia anteriormente um desentendimento pelo qual Jarbas reclamava dele, porque os cachorros de Juraci haviam machucado algumas cabeças de gado da fazenda”, diz o advogado José Vigna Filho, que acompanhou Juraci no depoimento. O advogado afirma que tanto seu cliente como a vítima estavam armados no momento do crime e que houve luta corporal e troca de tiros entre os irmãos. “Havia duas armas e a própria perícia deverá apontar isso.”
O delegado titular da DIG, Rubens Cardoso Machado Junior, disse que as investigações continuam e que o inquérito deve ser relatado e encaminhado ao fórum no prazo de 60 dias. “Ainda vamos ouvir algumas testemunhas e também estamos aguardando alguns laudos.”
A vítima levou cinco tiros e seu corpo foi encontrado caído ao lado de uma cerca do sítio onde morava, no condomínio Vitória, perto da estância Santa Clara. Ao lado do corpo a polícia encontrou as ferramentas que eram utilizadas no reparo da cerca de arame e oito cápsulas calibre 38 deflagradas. O carro que era utilizado por Jarbas no trabalho também estava no local com a chave no contato.
