Investigações recentes revelam a crescente infiltração do Primeiro Comando da Capital (PCC) em diversos setores da sociedade brasileira, incluindo o financiamento de campanhas eleitorais. A facção criminosa estaria buscando eleger seus membros para câmaras municipais e prefeituras. Além disso, há suspeitas de que o PCC esteja atuando no esporte, especificamente no Corinthians, um dos clubes de futebol mais populares do Brasil. Segundo Rubens Gomes, ex-diretor de futebol conhecido como Rubão, o crime organizado já estaria operando dentro do clube.
A possível infiltração do PCC no Corinthians surpreende, pois não se falava disso há alguns anos. A facção criminosa pode estar utilizando o clube para lavar dinheiro, aproveitando-se das grandes somas envolvidas no futebol. O Brasil já testemunhou o uso de dinheiro público em estádios da Copa do Mundo, com obras superfaturadas, como no caso do Maracanã. A influência do PCC se estende a áreas onde a administração não é profissionalizada, permitindo que o crime organizado compre espaço e continue suas atividades ilícitas, principalmente o tráfico de drogas.
O delegado Palumbo destacou que a movimentação de grandes quantias de dinheiro no Corinthians facilitaria a lavagem de dinheiro. O estádio do clube, que custou R$ 1,2 bilhão, é um exemplo de como recursos poderiam ser melhor utilizados em áreas como saúde.
No Rio de Janeiro, áreas dominadas por milícias e facções criminosas impõem taxas extras sobre produtos, encarecendo-os para os moradores. A falta de ação do Estado diante dessas situações é preocupante. Operações para desmantelar esses esquemas são necessárias, mas a prioridade do país deve ser questionada. A descriminalização de pequenas quantidades de drogas, por exemplo, pode ter impactos significativos. A presença do PCC em várias cidades do interior e litoral de São Paulo, como Mogi das Cruzes e Guarujá, também é alarmante.