A interpol (Organização Internacional de Polícia Criminal) entrou no caso do avião King Air roubado, no último dia 20 de setembro, em Pontes e Lacerda, na fronteira com a Bolívia. Um dos pilotos é de Votuporanga e os familiares vivem aflitos sem a solução do caso.
A aeronave pertence à ex-candidata ao Governo, Janete Riva (PSD), que fazia campanha na região. Os dois pilotos, Evandro Rodrigues e Rodrigo Agnelli, foram sequestrados juntos com a aeronave e, até agora, não há pistas de seus paradeiros.
Segundo o superintendente da Polícia Federal em Mato Grosso, delegado Marco Antônio Farias, uma equipe permanece na Bolívia, em busca de pistas e novas informações
O governo boliviano e a polícia local também estão empenhados nas buscas.
Desde o roubo e sequestro, nenhum contato foi feito com a família ou as autoridades. Várias cidades já foram vasculhadas, sem o surgimento de fatos novos.
Uma das possibilidades é que o avião ainda esteja sendo usado no tráfico, em países da América do Sul. Os pilotos também poderiam estar sendo usados nessas operações.
Sem entrar em detalhes sobre as buscas na Bolívia, o superintende da PF disse o inquérito referente ao caso foi instaurado pela Delegacia de Cáceres, pelo delegado Jasse James.
“Avisamos a Interpol por se tratar de um possivel sequestro de pessoas do Brasil para a Bolívia. Assim que fomos avisados, ligamos aos diplomatas que estão empenhados nas buscas”, disse Farias.
Família
A falta de informações tem abalado a família dos desaparecidos. Alvino Castro, irmão do piloto Evandro, falou sobre o sofrimento.
“Estamos em desespero total. Parece que a todo o momento ele vai chegar em casa. Não tem nem como esconder mais nada dos filhos deles. Minha mãe está mais debilitada a cada dia”, disse.
A esposa de Rodrigo e os filhos, que moram no Paraná, fazem ligações para Mato Grosso diariamente.
Duas manifestações já foram feitas em Cuiabá, na última até o deputado José Riva (PSD), dono da aeronave que os pilotos estavam, afirmou que iria reforçar as conversas com os poderes de segurança da Bolívia para ajudar nas buscas.
Em Pontes e Lacerda o delegado Gilson Silveira não quis dar detalhes das buscas, porém afirmou que sua equipe está empenhada. “Não vou falar sobre o caso, pois estamos lidando com vidas e, qualquer coisa dita, pode prejudicar as investigações”, disse.
(Max Aguiar -MidiaN)