O secretário da saúde do Estado de São Paulo, Jean Gorinchteyn, comentou sobre o aumento de internações por Covid-19 nas duas primeiras semanas de 2022 em entrevista ao Jornal Jovem Pan, da Jovem Pan News.
O aumento foi vertiginoso em relação aos últimos meses de 2021, mas ainda abaixo dos picos anteriores da doença. “Nas primeiras duas semanas do ano, tivemos aumento de 89% nas internações, 45% apenas de uma semana para outra, mostrando que temos uma elevação. Mas quando a gente vai olhar para números absolutos, são 2800 casos internados nas UTIs, mas no pico da primeira onda nós tínhamos 6500 pacientes internados em UTI, e no pico da segunda onda, 13150 pessoas internadas”, afirmou Gorinchteyn, também reforçando o pedido para que a campanha de vacinação prossiga e a população ainda mantenha o uso de máscaras, além de evitar aglomerações e usar álcool em gel. Segundo o secretário, 683 leitos já estão sendo remobilizados para a Covid-19, tanto de UTIs quando de enfermaria.
Outro dado importante foi o aumento de 61% nas internações de crianças por Covid-19 desde o início de dezembro. A informação foi revelada pelo governador João Doria (PSDB) nesta quarta, 19. “O que nós observamos é um incremento que já vinha acontecendo desde janeiro do ano passado, desde 10 de janeiro do ano passado até 17 de janeiro desse ano. Mas, nesses últimos dois meses, com a presença da variante ômicron, houve um aumento de 61%, especialmente de crianças de 3 a 11 anos, que mostraram não só praticamente duas vezes mais internações do que de 12 a 17, mas também revelaram impacto de mortalidade maior”, comentou Gorintcheyn.
Contudo, o secretário ainda destacou que a campanha de vacinação na faixa etária entre 5 e 11 anos, iniciada na última sexta, 14, teve baixa adesão até o momento. “Nós recebemos um quantitativo de doses ainda pequeno vindas pelo Ministério. Nós recebemos na sexta 234 mil doses, e na segunda 260 mil doses, que já foram distribuídas para os municípios. Mas a adesão ainda foi baixa. A maioria dos municípios iniciaram a imunização agora na segunda, o que pode justificar esse quantitativo de 23 mil crianças que foram imunizadas”, comentou Gorinchteyn.
No momento, ainda estão sendo vacinadas crianças dos grupos prioritários, as que tem comorbidades ou deficiências, ou que são indígenas ou quilombolas.