Os torcedores do Fernandópolis Futebol Clube foram pegos de surpresa com a notícia sobre a interdição do estádio Municipal Cláudio Rodante. A decisão foi do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) através de um agravo de instrumento interposto pelo Ministério Público Paulista. Já em fevereiro deste ano, o juiz da 2ª Vara Cível de Fernandópolis Heito Miura havia determinado interdição imediata das arquibancadas metálicas sob os vestiários, atendendo recomendação do Promotor de Justiça Dênis Henrique Silva.
O juiz acabou atendendo parcialmente o pedido de tutela antecipada. Porém, a decisão do MP-SP se deve ao laudo pericial realizado pela Federação Paulista de Futebol através dos engenheiros José Antonio Spotti Lopes e Ansel Lancman que descreveram várias irregularidades no estádio que colocam em risco a segurança dos torcedores. Entre as observações estão: arquibancada metálica já interditada; saída de emergência deficiente; falta de rampa de acesso para portadores de necessidades especiais; pedrisco no solo; problemas com a escada de acesso à torcida visitante.
Baseado nessas informações e a própria recomendação de inadequação do estádio feito pela Federação Paulista de Futebol, o promotor recomendou a interdição. Como o estádio é municipal, caberá a Prefeitura de Fernandópolis providenciar essas melhorias. Vale lembrar que o Fernandópolis Futebol Clube estreia no Campeonato Paulista da Segunda Divisão no próximo dia 06 de maio.
Segundo a Prefeitura, nesta última quinta-feira, 12, uma equipe de funcionários já estava no estádio providenciando as readequações pedidas pela F.P.F.
Essas decisões surpreenderam muitos torcedores, porém, quem acompanha o JORNAL MAIS NOTÍCIAS – seg. a sex. às 6h30 em 105,9 – sabe que já comentamos várias vezes sobre o estádio. Essa decisão de interdição estava para acontecer há muito tempo, mas ninguém tomou providências.
Gostaria de deixar algumas perguntas no ar: Quantas vezes a Diretoria do Fernandópolis F.C. se reuniu de forma eficaz com a Polícia Militar? (temos um Batalhão na cidade); Quantas vezes foram enviadas respostas para uma solução da arquibancada metálica? (a Federação há anos ‘pega no pé’ do clube sobre esse ‘elefante branco’); Quantas vezes o presidente e principais diretores do Fernandópolis F.C., foram à cidade de São Paulo tomar o famoso ‘cafezinho’ com o presidente da F.P.F. Marco Polo Del Nero?
A Federação Paulista de Futebol simplesmente esta cumprindo com o seu papel, porém, se o Fefecê não possui força política nenhuma lá dentro da entidade para intervir nisso, como na época do ex-presidente e saudoso Fernando Sisto, Toninho Ribeiro, Julio Camargo não podemos criticar a entidade máxima do futebol no estado, muito menos o Ministério Público, que apenas esta seguindo determinação da própria Federação.
Alguns torcedores estão dizendo que isso é injusto, uma vez que, em cidades como Tupã, Tanabi, Mogi Guaçu é tudo liberado como: venda de bebidas alcoólicas; fumar na área coberta; entrar de bicicleta e que aqui em Fernandópolis é tudo proibido. A Lei e a Regra é para todos. Se essas cidades não cumprem com essas obrigações, problema ou sorte deles, mas se o torcedor do Fefecê sempre fica revoltado com isso, que denuncie então.
Vou aqui lembrar um fato que apenas alguns amigos sabem disso. Em 2010, no clássico Votuporanguense 2 x 3 Fernandópolis, no estádio Plinio Marin, alguns integrantes da Sangue Azul ficaram revoltados com o fato da torcida de Votuporanga ‘TURA’ entrar no estádio com bandeiras de mastro – proibido no estado de SP. Com algumas fotos em mão, alguns torcedores do Fefecê encaminharam documentação com foto e folha anexa com determinação do MP-SP; TJ-SP e F.P.F. determinando que era proibido entrar com bandeiras de mastro nos estádios, para o comando regional da Polícia Militar. Com essa documentação em mãos, o comando do 16º Batalhão e Comando Geral da Polícia Militar em SP cobraram explicações da Polícia Militar de Votuporanga, e o acesso das bandeiras foi proibido.
Se os torcedores de Fernandópolis estão bravos com a qualidade do estádio do Tanabi ‘que agora receberá o Túlio Maravilha’ ou com qualquer outro estádio, faça valer o Estatuto do Torcedor. Documente e denuncie. Se lá as autoridades não agem, aqui elas agem. E torcedor do Fefecê, pare de acreditar em algumas histórias como aquela de que nosso estádio receberia jogos das séries ‘A2’ e ‘A3’. Tudo isso é história para iludir o torcedor, justamente para que ele sempre fique com aquela esperança e crença de que tudo esta dando certo, mas na verdade o amadorismo ainda impera pelos lados no estádio. Uma coisa podemos garantir, tenho certeza que a Prefeitura conseguirá reverter essa decisão e que devemos estrear jogando em casa, no clássico contra o Votuporanguense.