Integrantes do PCC e líderes de uma quadrilha de traficantes de Valentim Gentil presos em março deste ano após investigação da Delegacia de Entorpecentes (DISE) de Votuporanga foram condenados a mais de 15 anos de cadeia hoje (2).
De acordo com a sentença, três homens e duas mulheres integravam o esquema criminoso para organizar festas regadas a drogas para jovens de toda a região. Os integrantes utilizam um sofisticado esquema de organização, através de aplicativo de celular pra comunicação.
A DISE investigou a quadrilha por mais de seis meses, podendo relatar à justiça toda a dinâmica da quadrilha e a participação de cada um dos presos na quadrilha. Os dois disciplinas do PCC são apontados como líderes da quadrilha. A dona de um salão de beleza e a outra condenada atuavam no armazenamento e fornecimento das drogas nas festas.
A polícia descobriu ainda que frequentemente os acusados recebiam visitas de integrantes do alto escalão do PCC para resolver questões da organização criminosa na região.
A droga era negociada, inclusive em Votuporanga, onde a polícia descobriu o encontro de uma das mulheres com traficante em uma sorveteria.
Testemunhas e usúarios de drogas interrogados pela Justiça alegaram temer represálias da irmandade criminosa. Um acusado admitiu ser traficante, os outros negaram, e também negaram pertencerem ao PCC. Uma das mulheres alegou trabalhar cabeleireira e a outra alegou ter ganhado o dinheiro apreendido fazendo programas sexuais.
A pena aplicada aos chefes da quadrilha por tráfico e associação foi de 16 anos e sete meses de prisão pra cada um. A duas mulheres pegaram 14 anos de prisão cada e o terceiro homem condenado pegou 11 anos e um mês de cadeia, todos devem cumprir a pena em regime inicial fechado, sem direito de apelação em liberdade.
Eles são os primeiros condenados do esquema. Com base nessas prisões a Polícia Civil realizou posteriormente mais seis prisões de criminosos da mesma quadrilha.