Cerca de 60 integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), de Ribeirão Preto, Serrana e Serra Azul, ocuparam hoje a sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), de Araraquara. O grupo queria apresentar as suas pautas de reivindicações ao órgão e também pressionar o governo para acelerar os processos de reforma agrária. Outras três atividades ocorreram no Estado, em Sorocaba São Paulo e no Pontal do Paranapanema, segundo o membro da direção estadual do MST, Fábio Henrique da Silva Costa, que estava em Araraquara. “Estamos protestando contra a morosidade do Estado nas instalações de acampamentos e assentamentos”, disse Costa
Apesar da nota distribuída, indicando que a ocupação seria por tempo indeterminado, Costa informou que o grupo voltará para Ribeirão Preto ainda hoje, após entregar as pautas de reivindicações ao responsável pelo Incra na região, que as encaminhariam para São Paulo. Os sem-terra que estiveram em Araraquara são do Acampamento Mário Lago, instalados na Fazenda da Barra, em Ribeirão Preto, e do Assentamento Sepé Tiaraju, entre Serrana e Serra Azul. “O governo não está dando andamento para concretizar as benfeitorias prometidas”, comentou Costa
Para o Assentamento Sepé Tiaraju, o MST reivindica posto de saúde e escola para atender a comunidade, um entreposto de comercialização do que produzem, rede de água nos lotes e fornecimento de água potável, irrigação para as hortas, término de obras em estradas e construção de um alojamento para cursos técnicos. Para o Acampamento Mário Lago, de Ribeirão, os sem-terra querem a liberação da Declaração de Aptidão ao Programa de Aquisição de Alimentos e a implantação do Projeto de Assentamento da comunidade que ali está.