quarta-feira, 23 de outubro de 2024
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Inquérito aponta Carla como culpada da morte de Ubiratan

G1, Portal de Notícas O DHPP encerrou o inquérito sobre o crime e deve encaminhá-lo na segunda-feira ao 1º Tribunal do Júri da Capital. O Departamento de Homicídios e Proteção…

G1, Portal de Notícas

O DHPP encerrou o inquérito sobre o crime e deve encaminhá-lo na segunda-feira ao 1º Tribunal do Júri da Capital.

O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) concluiu nesta sexta-feira (13) o inquérito que apura a morte do coronel da reserva e deputado estadual Ubiratan Guimarães, assassinado no dia 9 de setembro. O relatório de 4 volumes e 1.400 páginas do delegado Marco Antônio Olivatto, responsável pelas investigações, aponta a advogada Carla Prinzivalli Cepollina, de 40 anos, como a autora do homicídio. Carla, que era namorada de Ubiratan, nega a culpa.

A intenção do delegado Armando de Oliveira da Costa Filho, chefe da Divisão de Homicídios, é encaminhar o inquérito ao juiz Richard Francisco Chequini, do 1º Tribunal do Júri da Capital, na segunda-feira. Se isso ocorrer, o relatório seguirá sem o resultado de alguns dos laudos de exames realizados pela perícia.

“Nossa conclusão é firme e bem alicerçada”, afirma o Costa Filho. “A maioria dos laudos está em nossa mão. Restam muito poucos [laudos], mas nossa conclusão não foi tomada com base em apenas uma prova, mas sim em um conjunto”, declara.

O delegado evitou comentar a declaração da acusada, que reclamou do fato do inquérito ter ficado pronto antes mesmo da polícia ter recebido todos os laudos. “Não vou me preocupar com o que a indiciada está falando. Entendo o desespero delas”, afirmou, referindo-se a Carla e à mãe da advogada, Liliana Prinzivalli.

Apesar de alegar inocência, Carla foi indiciada no último dia 27 de setembro por homicídio doloso duplamente qualificado, por motivo fútil e impossibilidade de defesa da vítima. O promotor Luiz Fernando Vaggione, responsável pela acusação, acompanhou as investigações do DHPP e já adiantou que vai acusá-la formalmente na Justiça. A ação deve ser ajuizada em no máximo 15 dias após o recebimento do inquérito, afirma Vaggione.

Se a denúncia for aceita pelo Tribunal do Júri, Carla será processada e pode ir a júri popular para ser julgada por homicídio. Condenada, a namorada de Ubiratan pode pegar de 12 a 30 anos de prisão. Além do assassinato, Carla é acusada também de ter ocultado provas do crime.

A advogada foi a última pessoa a ser vista deixando o apartamento de Ubiratan Guimarães no dia do crime. O coronel morreu com um tiro no abdome e foi encontrado enrolado em uma toalha.

Ela alega inocência, mas testemunhas afirmaram ter ouvido um barulho semelhante a um tiro por volta das 19h30, horário em que ela ainda estava em companhia do namorado. Carla diz ter deixado o local depois das 20h, mas afirma que Ubiratan estava vivo.

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