A inflação de junho pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi de 0,74% ante 0,79% em maio, segundo divulgou hoje, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O índice acumula alta de 3,64% no primeiro semestre até junho. Trata-se da maior taxa para um primeiro semestre apurada no IPCA desde 2003 (quando chegou a 6,64%). Já no período de 12 meses, até o mês passado, a inflação pelo indicador é de 6,06%, a maior variação acumulada em 12 meses desde novembro de 2005.
O IPCA é o índice oficial utilizado pelo Banco Central para cumprir o regime de metas de inflação, determinado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). O centro da meta de inflação para 2008 foi estabelecido em 4,5%, com margem de tolerância de dois pontos porcentuais para cima ou para baixo.
O grupo de alimentos contribuiu com 0,47 ponto porcentual, ou 63% da inflação apurada no mês. Os produtos alimentícios registraram alta de 2,11% no IPCA em junho, ante 1,95% em maio. Os alimentícios já acumulam alta de 8,64% no primeiro semestre e de 15,79% em 12 meses. As principais variações nesse grupo em junho foram registradas no arroz (9,90%); feijão carioca (15,55%) e carnes (6,91%). O item carnes deu a maior contribuição individual (0,14 ponto porcentual) no IPCA de junho.
Os reajustes registrados nesse grupo em junho foram apurados no gás encanado (8,76%); gás veicular (8,31%); passagens aéreas (3,70%); artigos de higiene pessoal (1,29%), artigos de limpeza (1,33%) e salário de empregado doméstico (1,04%).
No que diz respeito aos combustíveis, não houve variação de preços em junho, já que as altas no gás veicular e no óleo diesel (1,53%) foram compensadas pelas quedas nos preços do álcool (-1,94%) e da gasolina (-0,08%).