O índice utilizado no reajuste dos contratos de aluguel e nos preços de matérias-primas no Brasil acelerou em janeiro e registrou alta de 1,82%. O resultado ficou bem acima do registrado em dezembro de 2021, quando o IGP-M (Índice Geral de Preços — Mercado) variou 0,87%.
Os dados foram divulgados nesta 6ª feira (28.jan.2021) pela FGV (Fundação Getúlio Vargas).
Apesar da alta de janeiro, o acumulado de 12 meses teve um leve recuo e foi para 16,91%. O IGP-M encerrou 2021 com alta de 17,78% — 3º maior nível da série histórica, iniciada em 2002.
O componente que continua a pressionar a chamada inflação do aluguel é o IPA (Índice de Preços ao Produtor Amplo). Segundo André Braz, Coordenador dos Índices de Preços da FGV, “a inflação ao produtor segue espalhada”.
O IPA teve alta de 2,30% em janeiro frente a alta de 0,95% em dezembro. Houve altas em diversos grupos englobados no IPA, incluindo os bens de investimentos (2,07% ante 0,78%), os bens intermediários (alta de 1,26% ante variação de 0,74% em dezembro) e matérias-primas brutas (4,95% ante 1,22%).
O preço das matérias-primas está sendo impulsionados pelo mineiro de ferro. A commoditie voltou a subir com otimismo do mercado sobre a demanda da China. Os chineses importam cerca de 80% da produção global do insumo, o que faz com que o país asiático influencie diretamente o preço do minério.
Já o IPC (Índice de Preços ao Consumidor) desacelerou em relação ao mês de dezembro. Em janeiro, variou 0,42% ante 0,82%. A queda foi impulsionada pelo recuo do grupo de transportes. No mês, o preço da gasolina variou negativamente, saindo de uma alta de 2,24% para queda de 1,62%.
O INCC (Índice Nacional de Custo da Construção), último item a compor o IGP-M, teve uma variação de 0,64% em janeiro. Em dezembro tinha tido alta de 0,30%. O resultado foi impulsionado pelo preço de serviços, que saiu de 0,57% no mês anterior para alta de 1,28% neste mês.