Logo após a revelação por meio de 15 veículos de mídia europeus do novo escândalo do site Football Leaks, Gianni Infantino se defendeu por meio de um comunicado no site da Fifa.
O presidente da entidade máxima do futebol é acusado de acobertar fraudes de Manchester City e Paris Saint-Germain ao Fair-Play financeiro imposto pela Uefa, da qual o suíço era secretário-geral na ocasião. Infantino é acusado de ter poupado a punição dos clubes por descumprirem ordens e acobertado o caso durante três anos.
“É sempre um desafio mudar as coisas, avançar e unir as pessoas para fazer as coisas melhor. E, como estamos implementando as reformas na Fifa, foi sempre claro para mim que enfrentaria forte oposição, especialmente daqueles que não podem mais lucrar descaradamente com o sistema do qual faziam parte. Mas é por isso que fui eleito e, para mim, haverá apenas um foco, um único foco: melhorar e desenvolver o futebol em todo o mundo. E hoje estou mais comprometido e decidido do que nunca a continuar cumprindo essa tarefa”, disse o presidente da Fifa em longa nota oficial que acusa principalmente os veículos de imprensa que divulgaram os dados do Football Leaks.
“Parece óbvio, a partir dos “relatórios” realizados em alguns meios de comunicação, que há apenas um objetivo específico: uma tentativa de minar a nova liderança da Fifa e, em particular, do presidente Gianni Infantino e da secretária geral, Fatma Samoura”, diz o comunicado.
O Fair-Play financeiro permite investimento externo, mas estabelece valor máximo de 15 milhões de euros (R$ 63,1 milhões). Só em 2015, o PSG recebeu 100 milhões de euros (R$ 421 milhões) de investidores do Qatar, e o City recebeu 26 milhões de euros (R$ 109,4 milhões) a mais do que o escrito no contrato. Estes documentos foram obtidos pelo Football Leaks, que trabalhou em conjunto com o coletivo European Investigative Collaboration (EIC). A Uefa descobriu que os dois times burlavam a ordem por meio de contratos de patrocínio superfaturados, mas negociou diretamente com o clube uma maneira de mantê-los isentos e evitar medidas como a exclusão da Liga dos Campeões da Europa, por exemplo. Os acordos vinham sendo mantidos em segredo, mas já repercutiram entre dirigentes.
“Desde que a nova liderança da Fifa assumiu o cargo, houve mudanças. Tinha que haver e estamos muito orgulhosos delas. Como é amplamente sabido, a Fifa estava em uma situação desesperadora em 2015, quando buscava se recuperar de décadas de negligência e má administração. É fato que muitos ex-dirigentes da Fifa estão atualmente enfrentando processos criminais na Suíça e no exterior, Não é de surpreender que alguns dos que foram removidos ou substituídos continuem espalhando falsos rumores e insinuações sobre a nova liderança. Estamos conscientes de que há pessoas que, por frustração, gostariam de minar a Fifa”, diz o comunicado da entidade em defesa do presidente Gianni Infantino. Com informações da Folhapress.