O Conselho Tutelar registrou em uma semana três casos de crianças que se perderam ao usar, desacompanhadas, transporte público para voltar da escola.
Os alunos, com idades de 7 e 8 anos, não sabem ler, portanto, não conseguiram localizar o ônibus do bairros em que moram. Os casos foram enviados ao Ministério Público. Até o ano passado, a Prefeitura fornecia ônibus próprios para transporte exclusivo dos alunos. Neste ano, foi fornecido o passe escolar e os estudantes passaram a ter de dividir espaços com passageiros das linhas convencionais.
Para o promotor da Infância e Juventude, Cláudio Santos Moraes, o novo sistema expõe as crianças a situação de risco e precisa ser modificado.
“Elas estão sujeitas a raptos ou até a abusos. Já informamos a Secretaria de Educação para implantar melhor alternativa. O fato é que do jeito que está não pode continuar.”
Segundo Moraes, duas possíveis soluções para o problema seriam a volta do sistema antigo ou o fornecimento de passagens para os pais dos alunos, o que evitaria viagens desacompanhadas e a ocorrência de imprevistos como os da semana passada.