Mesmo com os problemas de acessibilidade e críticas ao Exame Nacional do Ensino Médio, a nova presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), Malvina Tuttman, defende que a prova deva ser aplicada duas vezes ao ano. A declaração foi dada em entrevista à Agência Brasil.
Tuttman assumiu o cargo em 18 de janeiro, no lugar de Joaquim Soares Neto. Questionada sobre a possibilidade de aplicar duas provas do Enem já em 2011, a ex-reitora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Unirio) diz que ainda não há decisões, mas, que o instituto já estuda a medida.
“Sempre defendi a multiplicidade de possibilidades que temos que dar aos jovens (…) Quanto mais possibilidades de aplicar for possível, melhor”, destaca. A realização de duas provas nacionais ao longo de um ano também é desejo do ministro da Educação, Fernando Haddad.
Questionada sobre os problemas nas edições anteriores, Tuttman diz que o Enem precisa ser “acompanhado”. Ele promete que todas as possíveis fragilidades serão corrigidas.
Durante a entrevista, a presidente do Inep define o Enem como uma “quebra de paradigmas de acesso à universidade”. Ainda assim, ela ressalta que é preciso bem mais que uma prova para avançar na educação acadêmica no Brasil.
“(O Enem) não é um único instrumento de democratização, mas ele quebra uma corrente que percebia o ingresso de outra forma. Junto com outros instrumentos e apoiado por uma política de acesso e permanência, certamente ele é um avanço importante para o país”, destaca.