sábado, 23 de novembro de 2024
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Indústria diz que consumidores permanecem pessimistas em abril

O Índice Nacional de Expectativa do Consumidor, que sintetiza a percepção dos brasileiros em relação às expectativas econômicas, ficou praticamente estável em abril ao registrar 97,5 pontos, queda de 0,1%…

O Índice Nacional de Expectativa do Consumidor, que sintetiza a percepção dos brasileiros em relação às expectativas econômicas, ficou praticamente estável em abril ao registrar 97,5 pontos, queda de 0,1% ante março, informou hoje (29), a Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Quanto menor o índice, mais pessimista é a avaliação dos consumidores. O indicador sinaliza manutenção do pessimismo, uma vez que está 11% abaixo da média histórica de 109,3 pontos.

Segundo a confederação, os brasileiros estão especialmente preocupados com as dívidas. O índice de endividamento caiu 5,3% em abril ante março e ficou no menor nível da série histórica, iniciada em 2001. Quanto menor é o indicador, maior o percentual dos consumidores que afirmam que as dívidas aumentaram.

O aumento das dívidas deixa os brasileiros mais pessimistas e menos propensos a comprar bens de maior valor. O índice de situação financeira teve queda de 0,4% em abril em relação a março, sinalizando maior insatisfação com as finanças em relação aos últimos três meses.

Na comparação com abril de 2015, o indicador está 11,5% inferior. A possibilidade de compras de bens de maior valor recuou 2,3% de abril a março, o que sinaliza menor propensão dos consumidores de comprarem nos próximos seis meses bens como eletrodomésticos e carros.

De acordo com a CNI, dos seis componentes do índice de expectativa do consumidor, três apresentaram alta na comparação com março: a previsão de inflação, o desemprego e a renda pessoal, ou seja, mostram maior otimismo do consumidor com a evolução futura dos preços, do emprego e da renda.

Apesar da melhora desses indicadores, a maior parte dos consumidores espera aumento dos preços e do desemprego. O índice de inflação cresceu 4,1% e o de desemprego teve alta de 5% em abril na comparação com março. O indicador de expectativas sobre a renda pessoal aumentou 1,6% no período.

A pesquisa da confederação da indústria foi feita em parceria com o Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope). Para o levantamento deste mês, foram ouvidas 2.002 pessoas em 142 municípios, entre os dias 14 e 18 de abril.

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