sábado, 23 de novembro de 2024
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Índice de prisão após audiência de custódia em SP supera média do país

Dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) sobre as audiências de custódia no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) mostram que a maioria dos presos em flagrante no estado…

Dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) sobre as audiências de custódia no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) mostram que a maioria dos presos em flagrante no estado continua detida após passarem pela Justiça. As audiências de custódia passaram a ser alvo da gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos) como justificativa para a persistência da sensação de violência urbana entre os paulistas.

Segundo o CNJ, 60,9 mil presos detidos em flagrante passaram por audiências de custódia entre 1º de janeiro e o último dia 20/12. Deste total, 36,4 mil (ou 60%) tiveram a detenção em flagrante convertidas para prisão preventiva ou domiciliar.

O percentual flagrantes convertidos em prisão preventiva em São Paulo é maior do que a média nacional. Segundo os dados do CNJ, considerando a soma de casos de esfera estadual dos TJs de todos os estados, 50% das 250 mil prisões em flagrante registradas no sistema do conselho se converteram em provisórias ou domiciliares.

Contudo, em estados onde a presença de facções de traficantes de drogas e de milícias ligadas a agentes das forças se segurança é maior, como o Rio de Janeiro, as estatísticas de manutenção das prisões é maior, embora o número absoluto seja menor.

No Rio, segundo o CNJ, foram 21,5 mil prisões em flagrante que resultaram em audiências em 2023. Destas, 15,4 mil (72%) foram convertidas em temporárias ou domiciliares.

Discurso contra reincidência
O tema entrou passou a ser alvo da gestão Tarcísio. Nesta terça (19/12), o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, criticou a soltura de presos no estado. A estratégia é transmitir a ideia de que a polícia cumpre seu papel de efetuar prisões, mas que a Justiça termina soltando os criminosos, que voltam a cometer crimes.

“A gente não tem dificuldade de prender quadrilhas, prender criminosos. A gente tem dificuldade com a reincidência criminal”, afirmou. “É normal um país prender 14 vezes o mesmo indivíduo pelo mesmo crime grave?”, questionou, durante entrevista coletiva. “É normal prender pela trigésima vez um indivíduo com fuzil?”

Tarcísio pretende adotar a defesa de mudanças na legislação das audiências de custódia como bandeira para melhorar a segurança pública no primeiro semestre do ano que vem.

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