O Indicador Antecedente Composto da Economia (Iace) teve uma variação positiva de 2,5% em maio, divulgou hoje (17) o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV), em parceria com a instituição norte-americana The Conference Board (TCB). Composto por oito indicadores que medem expectativas para a atividade econômica no Brasil, o índice teve sua terceira alta seguida e “aponta um estancamento da tendência de queda no nível de atividade”, disse o economista Paulo Picchetti.
Segundo a análise do pesquisador da FGV, “as condições políticas continuam fundamentais para avaliar se a tendência recente do Iace efetivamente sinaliza uma reversão do ciclo econômico no médio prazo”.
Em abril, o Iace apresentou aumento de 0,9% e, em março, a alta foi de 1%. Com as expansões dos últimos meses, o indicador está em 93,9 pontos em uma escala em que o nível de 2010 era de 100 pontos.
Índices agregados
O indicador agrega índices como o Ibovespa, as expectativas do consumidor, da indústria e dos serviços, o total de exportações e a produção física de bens de consumo duráveis. Os índices selecionados, segundo a FGV, vêm se mostrando eficientes para antecipar tendências econômicas, e, com o cálculo agregado, é possível a comparação com mais 11 países e regiões: China, Estados Unidos, Zona do Euro, Austrália, França, Alemanha, Japão, México, Coréia do Sul, Espanha e Reino Unido.
A FGV e o TCB também divulgaram hoje o Indicador Coincidente Composto da Economia, que mede as condições atuais do país. O resultado foi estável pelo segundo mês seguido. Esse indicador está em 97,9 pontos, também abaixo dos 100 pontos que servem de base de comparação como atividade econômica de 2010.