Permanece intenso o incêndio que atinge desde 10h desta quinta-feira, 2, tanques de combustível da empresa Ultracargo, na área industrial da Alemoa, em Santos, litoral sul de São Paulo. As chamas continuam muito altas e a coluna de fumaça pode ser vista de vários pontos da cidade e também de outros municípios da Baixada Santista. Ao menos 80 homens do Corpo de Bombeiros e 22 viaturas, sendo 8 da capital paulista e do ABC, estão no local – na Rua Engenheiro Augusto Barata, s/n -, além de viaturas do SAMU, Defesa Civil, Sabesp e Polícia Militar. A embarcação Governador Fleury, destinada a combater incêndios nos Portos de Santos e São Sebastião, e em embarcações em geral, já está no local e aguarda autorização para começar a trabalhar.
O pátio de estocagem de hidrocarbonetos – produtos altamente inflamáveis -, mantém aproximadamente 50 tanques com vários tipos de combustíveis e produtos químicos. Ainda não há confirmação sobre quais produtos estão armazenados nos tanques incendiados e nem sobre a quantidade guardada em cada um deles. A assessoria de imprensa da Ultracargo informou que está elaborando uma nota com todas as informações técnicas sobre a área.
O porta-voz do Corpo de Bombeiros, Capitão Marcos Palumbo, confirmou em entrevista à TV Tribuna – afiliada da Rede Globo – que o fogo ainda está fora de controle. O incêndio começou em um tanque, após uma forte explosão, se alastrou para outros três tanques e, neste momento, parece ter se espalhado ainda mais. As equipes trabalham para resfriar a área e evitar que as chamas se expanda. Segundo Palumbo, o combate é bastante complexo por causa da alta temperatura, o que provoca evaporamento da água antes que esta atinja o local incendiado.
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Em nota, a Ultracargo afirma que todos os funcionário que mantinha no pátio da Alemoa foram retirados. E diz ser prematuro especular sobre as causas do incêndio. Embora os bombeiros tenham informado que o fogo está fora do controle, a companhia diz que o incêndio está contido dentro da área da empresa.
O 6º Grupamento de Bombeiros – Santos informou, por meio de nota, que o primeiro chamado foi recebido às 10h10 desta quinta-feira, 2. Segundo a corporação, o fogo está fora de controle. Ainda não há informações sobre vítimas.
Foi a própria Ultracargo quem acionou o plano de auxílio mútuo das indústrias de Cubatão, também na Baixada Santista. Um caminhão-tanque foi enviado pela Refinaria de Cubatão, contendo seis mil litros de líquido gerador de espuma. Quatro técnicos em combate a produtos químicos foram para o local. Outras indústrias estão enviaram equipes próprias.
Segundo a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), a área atingida fica fora do Porto, mas a Brigada de Incêndio da Guarda Portuária foi enviada para auxiliar os bombeiros. Três navios atracados no píer da Alemoa foram retirados pela Praticagem. Diversos rebocadores estão na área.
O trânsito está bloqueado em vários pontos da região. De acordo com a concessionária Ecovias, que administra o Sistema Anchieta-Imigrantes, o acesso ao Porto de Santos pelo Viaduto da Alemoa, no km 64 da Via Anchieta, está bloqueado. Há congestionamento na rodovia do km 60 ao 65, em direção ao litoral.
Quem viaja para a Baixada Santista neste momento deve usar a Imigrantes e acessar as saídas no km 55 (local chamado de pé de galinha) para cidades do litoral norte e do litoral sul, logo após o último túnel. No km 62 da Imigrantes, a saída para a Anchieta está fechada e o motorista precisa seguir até a cidade de São Vicente. Há lentidão na Imigrantes, no sentido Praia Grande, entre os kms 60 ao 65, na região de Cubatão e São Vicente.
Para evitar que o tráfego fique completamente parado na Via Anchieta, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) de Santos permitiu a entrada de caminhões pela Avenida Martins Fontes, na entrada da cidade, o que é proibido em situações normais. Para a saída de Santos, agentes da CET fecharam a pista sentido São Paulo da Anchieta e os motoristas precisam seguir pela Avenida Nossa Senhora de Fátima e acessar a Linha Amarela, em São Vicente, para chegar à Rodovia dos Imigrantes.