A decisão do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) de elevar os juros básicos da economia em 0,5 ponto percentual vai gerar um impacto de R$ 2,9 bilhões, em 12 meses em parte da dívida pública.
A informação é do secretário do Tesouro, Arno Augustin. Ele destacou que o efeito será sentido apenas na parcela da dívida corrigida pela taxa básica de juros (Selic).
O secretário também informou que não é possível medir as conseqüências da decisão de ontem (16) do Banco Central na dívida como um todo, pois existem vários indexadores para corrigir os papéis emitidos pelo governo.
Ontem à noite, o Copom fixou em 11,75% ao ano a taxa Selic para os próximos 45 dias, quando se realiza nova reunião do colegiado.
Arno garantiu que o superávit primário (a economia que o governo faz para pagar os juros da dívida) de 3,8% do Produto Interno Bruto (PIB – a soma das riquezas produzidas no país) será mantido pelo governo em 2008 e 2009. Ele informou ainda que os investimentos do governo central (Banco Central, Previdência e Tesouro Nacional) cresceram 319% de 2003 a 2007 e passaram de R$ 5,3 bilhões para R$ 22,1 bilhões.
Agustin deu as informações em audiência pública na Comissão Mista de Orçamento para avaliação do cumprimento de metas fiscais no último quadrimestre de 2007.