Quinze dos 25 presos mortos durante um incêndio na cadeia de Ponte Nova, em Minas Gerais, foram identificados nesta sexta-feira pelo IML (Instituto Médico Legal). Ontem, uma equipe de peritos foi deslocada à cidade para coletar material genético junto aos familiares das vítimas com o objetivo de acelerar o reconhecimento dos corpos.
As mortes aconteceram após uma briga entre grupos rivais. Detentos da cela 9 conseguiram escapar durante a madrugada de quinta-feira e correram em direção a uma outra cela onde ficavam os adversários, ateando fogo num colchão. As chamas se espalharam rapidamente e os internos que estavam na cela 8 morreram carbonizados.
O governador de Minas Gerais, Aécio Neves, determinou “urgência” na identificação dos mortos e “rigor” na apuração das circunstâncias da maior tragédia da história do sistema prisional do Estado. O Depen (Departamento Penitenciário Nacional), órgão do Ministério da Justiça, vai acompanhar o caso.
Nesta sexta-feira, integrantes da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do Sistema Carcerário também viajaram a Ponte Nova para investigar a superlotação da cadeia. O local, que tem capacidade para 87 detentos, abrigava 170 internos na noite do incêndio.