Lançado em 1989, “Ilha das Flores”, de Jorge Furtado, foi eleito melhor curta-metragem de todos os tempos pela Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine).
Segundo o “Estadão”, o levantamento foi feito para servir de base para o livro “Curta Brasileiro – 100 Filmes Essenciais”, produzido em parceria com Canal Brasil e editora Letramento.
“Ilha das Flores” retrata o trajeto de um tomate desde a sua colheita, passando pelo transporte, a aquisição no supermercado até o seu descarte no lixo doméstico. O filme critica o consumismo e humaniza o assunto ao retratar a fruta chegando ao lixão Ilha das Flores, localizado em Porto Alegre, onde mulheres e crianças disputam o alimento que não serviu de refeição nem para porcos.
O curta de 13 minutos se mantém atual pela sua didática e, por isso, encabeça a lista de 100 títulos escolhidos pela Abraccine, que abrange filmes desde a década de 1910 até os recentes “Torre” (2017), de Nádia Mangolini, e “Guaxuma” (2018), de Nara Normande.
O segundo lugar da seleção da associação ficou para “Di” (1977), de Glauber Rocha, seguido por “Blábláblá” (1968), de Andrea Tonacci, “A Velha a Fiar” (1964), de Humberto Mauro, e “Couro de Gato” (1962), de Joaquim Pedro de Andrade.