Em um caso que chocou o país, a Igreja Católica expulsou o padre Fabiano Santos Gonzaga após ele ser condenado por estuprar um adolescente de 15 anos com deficiência. O crime ocorreu em 2016, quando Gonzaga era pároco em Frutal (MG) e abordou o jovem em uma sauna, obrigando-o a praticar sexo oral.
A Arquidiocese de Uberaba confirmou a expulsão do padre, informando que ele foi “reduzido a um estado laico e não é mais padre”. A decisão da Igreja ocorreu no mesmo dia em que o papa Francisco assinou um decreto para expulsar bispos por negligência em casos de pedofilia, demonstrando uma postura mais rígida contra abusos sexuais dentro da instituição.
A Justiça agiu rapidamente no caso, condenando Gonzaga a 15 anos de prisão em 2017. No entanto, após cumprir parte da pena, o ex-padre foi libertado em outubro de 2023. A mãe do adolescente vítima expressou sua decepção com a soltura de Gonzaga em entrevista ao Metrópoles, relatando que a dor do ocorrido ainda persiste.
O caso ganhou ampla repercussão na mídia e gerou debates sobre a responsabilização de membros da Igreja envolvidos em crimes sexuais. A prisão em flagrante, a condenação célere e o cumprimento da pena demonstram a gravidade do crime e a necessidade de punição para casos como este.
O Metrópoles, principal fonte desta reportagem, procurou a defesa do padre, mas não obteve retorno. A advogada que atuou no caso informou ter perdido o contato com o cliente. Devido ao sigilo da Justiça, detalhes sobre o processo não foram divulgados.
É importante ressaltar que a Igreja Católica tem intensificado as medidas para combater o abuso sexual dentro de suas instituições. A expulsão de Gonzaga é um exemplo dessa postura, mas ainda há um longo caminho a ser percorrido para garantir a proteção de crianças e adolescentes e a responsabilização dos culpados.