Na busca pelo sonho que transcende a barreira do tempo, Ieda de Sousa Barbella desafia as convenções ao cursar a sua primeira graduação aos 61 anos. Agora, neste início de ano letivo, ela já segue para o 7º período de Enfermagem na Unifev. Sua motivação principal? Fazer trabalho voluntário na África.
Antes de embarcar nessa jornada acadêmica, Ieda, próxima de completar seis décadas de vida, ponderou se seria o momento de iniciar capítulos. “Eu tenho alcançado coisas que eu achava que, devido a minha idade era o momento de parar”. Contudo, incentivada pelo seu marido, filhos e colegas de trabalho, e acolhida pela comunidade acadêmica da Unifev, encontrou o estímulo necessário para perseguir seus sonhos com energia renovada.
“É muito bom estar na Unifev! Aqui tenho a oportunidade de adquirir novos conhecimentos e habilidades, tenho apoio e a compreensão para alcançar meu sonho. E quando eu conto sobre ele, todos ficam admirados e me encorajam a seguir adiante. Isso é maravilhoso”, destaca Ieda.
Ao ingressar na área da enfermagem, Ieda busca conhecimento profissional, ao mesmo tempo que realiza uma jornada de autodescoberta e conquista pessoal. Sua decisão de perseguir o voluntariado na África reflete seus valores, e demonstra que a vida acadêmica pode ser um caminho de realização em qualquer fase da vida. “É um continente que chama a atenção devido as graves questões sociais, como a fome, a miséria, a baixa qualidade de vida, dentre muitas outras situações degradantes vividas pelas crianças e pela sua população. Vejo na enfermagem uma porta para que eu possa entrar, me doar e fazer o que estiver ao meu alcance.”
A estudante é prova de que a vida acadêmica pode começar na terceira idade, e sua busca pelo voluntariado no continente africano ressalta que os sonhos podem ser seguidos a qualquer momento, bastando coragem e determinação. “Eu espero me aposentar em menos de três anos, e o mesmo período, coincide com o término da faculdade. Há algum tempo, com o apoio da minha família, estou me organizando com amigos da Austrália que já fazem trabalhos voluntários na África. Nada vai me parar!”