Um idoso de 82 anos arremessado contra um pneu em uma oficina mecânica de Registro, no interior de São Paulo, morreu em decorrência de uma fratura no fêmur, ocasionada pela queda após a agressão. A vítima chegou a passar por cirurgia, mas não resistiu. A Polícia Civil investiga o caso.
A filha Adriana Conceição David Comeron, de 57 anos, e o marido dela, Marcelo Comeron, de 60, contaram ao g1 que Laércio David foi ao estabelecimento para arrumar o carro, mas o local estava fechado. Ele teria perguntado ao morador de uma casa, que fica nos fundos da loja, a que horas funcionário chegaria, e foi ignorado.
De acordo com o genro, sem respostas o idoso questionou: Você está surdo?, momento em que o homem teria saído do imóvel e o agredido. A filha Adriana contou que não foi só um empurrão, que testemunhas viram mais: “Meu pai foi erguido pelo colarinho e jogado igual a um saco de batata”.
Após ter sido jogado em um pneu, Laerte teria levado chutes e sido ameaçado. “Todas as testemunhas ouviram, ele [agressor] falando assim: Eu vou te matar, seu velho nojento. Foi muito chocante”, contou.
Logo após as agressões, que aconteceram no dia 29 de março, Laércio foi levado ao Hospital São João, em Registro (SP). Devido à gravidade das fraturas, o idoso precisou ser transferido para o Hospital Regional da cidade, onde passou por cirurgia. Após complicações causadas pelas lesões, ele morreu em 1 de abril.
Até o momento, o suposto agressor não foi preso. A reportagem da TV Tribuna, afiliada da Globo, procurou pelo homem, mas este não quis dar mais detalhes sobre o ocorrido. Disse, apenas, que irá se pronunciar para a justiça.
Justiça
Adriana acrescentou, ainda, que, antes de falecer, não deu tempo do pai dar um depoimento à polícia. No entanto, ela contou que Laércio chegou a relatar aos familiares o que teria acontecido.
“Ele falou assim: Filha, foi uma bobeira, ele me agrediu sem motivo. Um motivo fútil, eu não fiz nada para ele. Foi o que ele falou para nós. [Ele disse] eu não entendi porque ele fez isso, nem nós”, lamentou a filha.
A família luta por justiça e torce para que o suposto agressor seja preso. “Como ele atacou meu pai, ele pode atacar qualquer outra pessoa. É como se ele tivesse atacando o pai dele, meu pai poderia ser o pai dele. É um absurdo isso. Não tem desculpa que justifique o que ele fez”, finalizou.
O caso foi registrado no 1º Distrito Policial de Registro (SP). O g1 entrou em contato com a Polícia Militar (PM), administração municipal e Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP), mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.