Luiz Felipe Scolari está de volta ao Palmeiras. O treinador do pentacampenato mundial, mas também comandante do vexatório 7 a 1 na Copa de 2014, chega para a sua terceira passagem pelo Verdão sob desconfiança.
O repórter Guilherme Cimatti, da Rádio Bandeirantes, conversou com alguns ídolos do futebol sobre a contratação de Scolari. A identificação entre ténico e clube é a grande aposta.
Campeão da Libertadores (1999) e do Rio-São Paulo (2000) no Palmeiras de Felipão, Euller não tem dúvidas do sucesso na nova parceria. “Estou muito feliz com o retorno do Felipão. O Palmeiras é a casa do Felipão, ele se identifica com o Palmeiras, o Palmeiras se identifica com ele. Tem tudo para poder dar certo. O Palmeiras pode voltar aos seus momentos de glória novamente com a conquista de grandes competições, a gente fica na torcida”, afirmou o Filho do Vento.
O ex-lateral-esquerdo Roberto Carlos, que brilhou no Alviverde no começo da década de 1990, trabalhou com o Scolari na campanha vitoriosa do penta em 2002. “Desejo muita sorte ao Felipão no Palmeiras, que consiga repetir os êxitos de outros anos. Ele é um ótimo profissional e uma ótima pessoa”, declarou.
O pentacampeão ainda relembrou a preleção de Felipão antes da decisão do Mundial contra a Alemanha. “Estava todo mundo ansioso para jogar a final e todo mundo achando que ele fosse colocar o vídeo dos melhores momentos dos nosso jogos para analisarmos e não cometermos os mesmo erros no jogo da final, mas ele colocou toda a população brasileira, crianças, adultos e idosos, mandando mensagens para gente. Aquilo foi uma motivação, começou aquela choradeira na preleção, foi um estímulo muito grande. Esse é o lado humano do Felipão que fez ele ser esse grande profissional e grande ser humano”, contou.
Tostão é outro defensor da contratação de Felipão: “Ele é um técnico identificado com o Palmeiras. Muita gente gosta do Felipão no Palmeiras, onde foi campeão, tem títulos, normal que a preferência seja do Felipão”.
O campeão mundial também acredita que o técnico está recebendo uma nova oportunidade de mostrar o seu valor. “É uma injustiça dizer que o Felipão é um técnico ultrapassado por causa do 7 a 1, aquilo aconteceu, essa é a chance dele mostrar que continua muito bem na profissão, que continua ganhando títulos, já ganhou na China. Agora é a chance do Felipão voltar a brilhar no futebol brasileiro”, analisou.
Tostão só alertou para o fato que um eventual sucesso de Felipão acabe com o momento de valorização dos jovens técnicos e gere uo retorno de técnicos que estão fora do mercado há muito tempo.
“O risco que ocorre é de trazer técnico que realmente estão ultrapassados, que estão fora do mercado e criar uma onda de contratação de técnicos desse tipo e esquecer dos mais novos que estão lutando para progredir na carreira”, explicou.
