Raí Souza Vieira de Oliveira, o Raí, nascia exatamente 55 anos atrás, no dia 15 de maio de 1965, para se tornar um dos grandes ídolos do futebol nacional. Dono de uma técnica apurada, o jogador passou de ‘irmão de Sócrates’ no início da sua carreira para um dos grandes nomes do São Paulo e do Paris-Saint Germain.
Nascido em Ribeirão Preto, o jogador começou a sua carreira profissional atuando pelo time da cidade, o Botafogo. Alçado ao time principal em 1985 pelo técnico Pedro Rocha, o atleta não demorou muito para mostrar seu potencial. Após um rápido empréstimo para a Ponte Preta em 1986, Raí retornou ao clube que o revelou para fazer um excelente Campeonato Paulista de 1987, chamando a atenção com as suas atuações.
Os bons jogos no estadual foram o suficiente para ser convocado para a Seleção Brasileira pela primeira vez, ainda em 1987, disputando a Copa América daquele ano. Na mesma temporada, Raí chegou ao clube em que atingiria seu auge como jogador de futebol: o São Paulo.
Sucesso com a camisa tricolor
Apesar do indiscutível talento, o meia demorou até se firmar de vez na equipe titular são-paulina, sendo inicialmente preterido pelos meias Pita e Silas. O jogador só foi alçado de vez aos 11 titulares em 1989, quando foi coroado com seu primeiro título profissional, o Campeonato Paulista.
Em 1990, com a chegada do histórico treinador Telê Santana, Raí deslanchou de vez. Comandando o meio-campo do São Paulo, o futebolista foi um dos grandes destaques nas principais conquistas da história são-paulina, como o Brasileiro de 91, as Libertadores de 92 e 93, do Paulista de 92 e principalmente o Mundial de 92, onde marcou os dois gols da vitória por 2 a 1 em cima de um Barcelona comandado pelo holandês Johan Cruyff.
Após a conquista da Libertadores de 1993, Raí deixou o futebol nacional para se aventurar em terras francesas, sendo o seu destino a equipe do Paris-Saint Germain. Provando mais uma vez sua idolatria, a sua despedida da primeira passagem pelo São Paulo foi em uma vitória por 6 a 1 no clássico contra o Santos pelo Paulistão, onde o meia participou de todos os gols.
Ídolo na França
Com a camisa do PSG, Raí continuou com seus ótimos desempenhos em campo. Pela equipe francesa, empilhou títulos nacionais e europeus: o Campeonato Francês de 1993-94, duas Copas da França, duas Copas da Liga Francesa, uma Supercopa da França e a Recopa Europeia de 1995-96.
Com 72 gols marcados em sua passagem pela França, o atleta se firmou em um dos grandes nomes da história na equipe e se tornou o 10º maior artilheiro do clube.
Retorno ao São Paulo
Em 1998, Raí retornou ao clube que o consagrou como jogador: o São Paulo. Provando porque é um dos grandes jogadores da história são-paulina, a estreia do jogador foi logo na segunda partida da final do Paulistão de 1998, contra o Corinthians. Em seu retorno, fez o gol que abriu o placar no clássico contra o clube alvinegro, se tornando campeão paulista. A decisão terminou 3 a 1 em favor do São Paulo.
Já em final de carreira, ainda deu tempo de Raí se tornar campeão mais uma vez vestindo a camisa tricolor. Dessa vez, o jogador conquistou o Campeonato Paulista de 2000 diante do Santos, vencendo o que seria até aquele momento o 20º título estadual são-paulino. O ídolo encerrou sua história com o São Paulo jogando 393 jogos e marcando 128 gols.
Seleção Brasileira
Raí também conquistou títulos importantes com a camisa do Brasil. Ainda em inicio de carreira, o meia se sagrou campeão pan-americano em 1997. A maior glória, no entanto, veio em 1994 com o tetracampeonato do Brasil na Copa do Mundo disputada nos EUA.
Pelo Brasil, Raí terminou com 30 gols em 66 jogos disputados. Após a aposentadoria, Raí se tornou o novo executivo de futebol do São Paulo, cargo que ocupa desde 2017.