A maioria das escolas da rede estadual na região “bombou” no Índice de Desenvolvimento da Educação do Estado (Idesp). No 9º ano do ensino fundamental, de 57 escolas das nove maiores cidades do Noroeste paulista, excluindo Rio Preto, 37 não cumpriram o índice exigido para 2011.
A situação crítica se repete no 3º ano do ensino médio, em que 34 das 55 escolas regionais avaliadas não atingiram as metas. Ontem, o Diário revelou que, no último ano do ensino médio, 16 das 27 escolas estaduais rio-pretenses descumpriram as metas do último ano do Idesp, indicador de qualidade do ensino elaborado a partir dos resultados do Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar (Saresp) e do fluxo escolar.
Das 37 instituições regionais “reprovadas”, 24 tiveram recuo no índice em comparação com 2010. A maior queda ocorreu na Francisco Bernardes Ferreira, de Olímpia: de 5,25 em 2010, passou para 2,68 no último ano no ensino médio. Já no segundo ciclo do fundamental, a redução foi ainda maior: de 6 para 1,88. A direção foi encontrada ontem para comentar o assunto.
Outra escola de Olímpia, a Alzira Tonelli Zaccarelli, ficou entre as dez piores tanto no 9º ano do fundamental quanto no ensino médio. Helena Delgado, 59 anos, avó de um aluno da escola, atribui esse desempenho negativo à falta de incentivo aos alunos por parte dos professores. “Eles não passam tarefas e nem trabalhos para serem feitos em casa.
Quando não, falam para os alunos irem embora nos dias que tem poucos estudantes na sala.” Ela pretende trocar o neto de escola. A direção do colégio não quis se pronunciar ontem. No ranking das melhores escolas, o destaque é a Genaro Domarco, de Mirassol. A instituição teve índice 4,25 no ensino médio.
“Somos muito criteriosos na seleção dos alunos que ingressam no ensino médio”, diz a coordenadora pedagógica Maria Emília Azevedo Vita. No 9º ano, a liderança do ranking ficou para a escola Libero de Almeida Silvares, de Fernandópolis. “Temos proximidades com os pais e investimos na leitura”, afirma a diretora Maria de Lourdes Avanzo.
