O instituto Gulia Marzola Faria, de Fernandópolis foi inaugurado com o intuito de disseminar a cultura da prevenção ao câncer e de melhorar o diagnóstico precoce na região.
A área edificada e já equipada será reformada e adaptada às novas necessidades, onde foram investidos cerca de R$ 4,5 milhões, vindos da iniciativa privada, pública e donativos. Toda a área edificada, equipamentos, veículos e materiais da antiga AVCC Fernandópolis foram transferidos para a Fundação Pio XII.
A unidade atende 95 municípios e realiza diversos exames, com destaque para os preventivos de mama e deve em breve ampliar ainda mais as especialidades no tratamento de câncer com a inauguração de 4 novas alas.
A unidade tem 3.012 m² de área construída, conta com salas para exames, consultórios, centro cirúrgico para pequenas cirurgias e biópsias, além de equipamentos como mamógrafo digital, ultrassom e mesa de estereotaxia. Quem explica detalhes desta nova etapa do Hospital do Câncer de Fernandópolis é a equipe da unidade local, através do administrador Leonardo Croaciari e das enfermeiras Franciane Bio e Tânia Sanches.
Semanário: Quais as novidades estão sendo preparadas para a unidade da Fundação PIO XII em Fernandópolis?
Leonardo: As mudanças estão a todo o vapor. Hoje, trabalhamos na prevenção contra o câncer de mama, mas teremos em breve a inauguração de novas alas que atenderão casos de câncer de próstata, pele, colo do útero e, posteriormente, boca. Nosso instituto é voltado para a prevenção do câncer. Com o prédio pronto e as alas liberadas, agora trabalhamos com o direcionamento da equipe que atuará no tratamento dessas novas modalidades, além de aguardarmos a chegada de novos equipamentos para a realização de pequenas cirurgias.
Semanário: Qual a grande dificuldade que a unidade encara hoje?
Franciane: Nossa grande dificuldade atualmente é a cultural. Precisamos passar para a população a necessidade da prevenção. O câncer, muitas vezes é uma doença silenciosa. O diagnóstico precoce é o que nos dá margem de trabalho, e para os pacientes é a chance de cura.
Semanário: No que se baseia essa mudança cultural?
Tânia: A população em geral se preocupa apenas com a ‘sintomatologia’, ou seja, o paciente precisa sentir alguma coisa, alguma alteração para nos procurar, quando na realidade ele deve se prevenir. Infelizmente quando os sintomas se manifestam pode ser tarde. É justamente esse o fator cultural citado.