

O hospital particular onde um menino de 2 anos morreu após, segundo a polícia, receber medicação errada em Andradina (SP) na noite de terça-feira (6), informou que abriu uma sindicância interna para investigar o caso. A técnica de enfermagem envolvida foi presa em flagrante após confessar o erro, pagou fiança e foi liberada, sendo temporariamente afastada de suas funções pelo hospital.

A criança, José Rafael dos Santos Sailvano de Souza, deu entrada na unidade com quadro de bronquiolite. A prescrição médica indicava a administração injetável de 100 ml de hidrocortisona. No entanto, pouco tempo após a aplicação, a equipe médica observou que o menino apresentava coloração roxa, vômito e secreção oral. A tentativa de reanimação não obteve sucesso e a criança faleceu no local.
A polícia, ao ser acionada, constatou que o medicamento administrado não era hidrocortisona, mas succinilcolina, uma substância utilizada em intubações e que representa graves riscos quando utilizada de forma inadequada.

Em seu depoimento à polícia, a técnica de enfermagem alegou que a embalagem do medicamento continha o nome correto, mas o conteúdo era outro, e que ela não conferiu a medicação antes de aplicá-la.
Os frascos dos medicamentos foram apreendidos para análise pericial, e o corpo do menino foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) para exame necroscópico. A ocorrência foi registrada como homicídio culposo.
Em nota divulgada na noite de quarta-feira (7), a Unimed, responsável pelo hospital, lamentou profundamente o ocorrido e informou o afastamento temporário da profissional de enfermagem envolvida para garantir uma apuração técnica e precisa. A Unimed Andradina expressou solidariedade à família e amigos da criança, colocou-se à disposição das autoridades para os esclarecimentos necessários e reafirmou seu compromisso com o cuidado e acolhimento aos pacientes.
