sexta-feira, 20 de setembro de 2024
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Homens são presos com cheques clonados

Foi por pouco que comerciantes de Votuporanga não se tornaram vítimas de dois homens que já aplicaram vários golpes na região. Na tarde de ontem, o jalesense A.F.S., 23, e…

Foi por pouco que comerciantes de Votuporanga não se tornaram vítimas de dois homens que já aplicaram vários golpes na região. Na tarde de ontem, o jalesense A.F.S., 23, e o fernandopolense V.R.S.A., 38, foram presos pelos policiais da DIG (Delegacia de Investigações Gerais) e Garra (Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos) do município, na iminência de “distribuírem” cheques clonados pelas lojas da cidade.

Segundo o delegado Mário Antonio Bento, a dupla foi detida logo depois que a DIG de Jales comunicou todas as delegacias da região, a respeito de uma quadrilha que está sob investigação e que inclusive teve três de seus membros presos anteontem.

Diante das características dos suspeitos e dos veículos deles, A.F.S. e V.R.S.A. foram identificados pelos policiais em um estabelecimento comercial de Votuporanga e conduzidos a delegacia. Com eles foram apreendidos diversos cheques clonados e um Gol, que estava com o chassi adulterado.

A Polícia também descobriu que A.F.S. possuía quatro mandados de prisão expedidos pela Justiça de Jales, por causa de outros estelionatos, mas por meio de um documento de identidade, uma CNH (Carteira Nacional de Habilitação) e uma carteira de engenheiro agrônomo falsificadas, ele se passava por uma outra pessoa de iniciais V.P.S. e por isso conseguiu ficar tanto tempo em liberdade.

Bento explicou ainda que em Votuporanga os acusados a princípio não compraram nada com os cheques, porque primeiro eles pesquisam os produtos em diversas lojas, a fim de ganhar a confiança dos comerciantes, para só então comprar. “Primeiro eles vêm, olham, falam que estão precisando de um determinado objeto, mas que precisam ver se os acham mais em conta. Depois, já conhecidos pelos comerciantes, eles voltam e efetuam a compra com o cheque sem fundos”.

Antes de serem conduzidos a cadeia da cidade A.F.S. e V.R.S.A. ainda foram reconhecidos por funcionários de um supermercado, um borracheiro e o dono de uma loja que comercializa materiais de pesca de Fernandópolis, que registraram ocorrência em relação aos cheques sem fundos que receberam dos acusados. A dupla responderá pelos crimes de uso de documento falso, tentativa de estelionato e veículo com chassi adulterado.

Jales
Conforme o delegado da DIG de Jales, Sebastião Biazi, o trio preso por sua equipe anteontem, foi encontrado com 50 folhas de cheques clonados em diversos nomes e agências bancárias. Ele explicou que os três homens que foram recolhidos na cadeia daquela cidade e responderão por falsificação e uso de documento falso, adquiriam os talões em São Paulo por R$ 10 cada folha e depois as vendiam na região por R$ 20.

“Como os três são de diferentes cidades da região como Jales, Pereira Barreto e São José do Rio Preto, provavelmente espalhava esses cheques para várias cidades. Na casa de um deles, uma lista com 30 possíveis compradores destes talões foi apreendida e cada nome será investigado”.

Biazi ainda explicou que além dos comerciantes, os bancos também são vítimas deste tipo de crime, pois se um correntista tiver seu cheque clonado e a agência descontá-lo, ele terá que ser ressarcido.

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