segunda, 23 de dezembro de 2024
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Homens que postam muitas “selfies” podem ter sinais de psicopatia

Uma pesquisa conduzida na Universidade Estadual de Ohio apontou que homens que publicam muitos autorretratos nas redes sociais podem apresentar sinais de narcisismo e psicopatia. “Não é surpresa que homens…

Uma pesquisa conduzida na Universidade Estadual de Ohio apontou que homens que publicam muitos autorretratos nas redes sociais podem apresentar sinais de narcisismo e psicopatia.

“Não é surpresa que homens que postam muitas selfies e gastam tempo editando suas fotos são mais narcisistas, mas é a primeira vez que isso é confirmado por um estudo científico”, disse Jesse Fox, principal autora do artigo e professora de comunicação na universidade americana.

De acordo com a pesquisa, a pessoa narcisista é aquela que acredita ser melhor e mais atraente do que os outros, mas que possui uma “insegurança escondida”. Já a psicopatia se caracteriza como a falta de empatia e consideração pelos outros e por tendências comportamentais impulsivas.

Fox submeteu 800 homens com idades entre 18 e 40 anos a um questionário sobre a postagem de selfies na internet que abordava a frequência com que publicam e se utilizam ou não um editor de fotos, entre outros pontos.

Os entrevistados também responderam perguntas sobre comportamentos sociais e auto-objetificação –a valorização excessiva da aparência em detrimento de outros aspectos da personalidade.

A conclusão foi que a publicação excessiva de fotos está relacionada ao narcisismo e à psicopatia. Os que se preocupam em editar suas fotos antes de postá-las não revelam sinais de psicopatia, pois são menos espontâneos, mas tendem mais à auto-objetificação.

Segundo a pesquisadora, os resultados não significam, necessariamente, que quem posta muitas fotos de si mesmo é narcisista e psicopata. Os dados analisados estão dentro da normalidade de comportamento social, apesar de ultrapassarem os níveis médios dessas características para a maioria das pessoas.

PÚBLICO FEMININO

O estudo não levou em conta as mulheres porque os dados comparados recebidos por Fox, compilados por uma revista, não incluíam o público feminino.

“Nós sabemos que a auto-objetificação leva a um monte de coisas terríveis, como depressão e distúrbios alimentares em mulheres”, disse Fox.

“Como o uso de redes sociais é cada vez maior, todo mundo está mais preocupado com sua aparência. Isso significa que o problema pode se tornar ainda maior”, continuou. Para ela, a auto-objetificação traz mais impactos para o público feminino.

A pesquisadora está conduzindo um novo trabalho para sugerir que as informações confirmadas por sua pesquisa também se aplicam às mulheres.

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