Dois homens foram detidos por furtarem doações destinadas às vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul nesta segunda-feira (20). O crime ocorreu no Ginásio Falcão, em Praia Grande, no litoral de São Paulo, um dos principais pontos de arrecadação de doações para os afetados pelo desastre natural na cidade.
Segundo informações fornecidas pela prefeitura, as equipes da Guarda Civil Municipal (GCM) foram acionadas para atender a ocorrência após os dois homens, de 30 e 34 anos, invadirem o ginásio, que estava fechado no momento do crime. Os suspeitos tentaram fugir, mas foram capturados nas proximidades do ponto de arrecadação.
Os guardas identificaram a dupla com base nas descrições fornecidas e nas imagens capturadas pelas câmeras de monitoramento do ginásio e das ruas ao redor. No vídeo obtido pelo G1, é possível ver os homens utilizando grandes alicates para cortar os cabos de cobre na parte externa do ginásio. Em seguida, eles arrombaram uma porta e arrastaram uma máquina de lavar para fora de uma sala.
A filmagem também mostra os suspeitos carregando nos braços parte dos mantimentos furtados e as viaturas da GCM chegando ao local logo depois.
Um dos suspeitos confessou aos agentes ter furtado duas bolsas com alimentos. Em um terreno próximo, indicado por ele, a GCM encontrou três cestas básicas, 12 litros de leite, uma caixa com 27 achocolatados e um pacote de cinco quilos de arroz.
Dentro do ginásio, os criminosos deixaram uma mochila contendo alicates grandes, duas tesouras e uma faca, ferramentas usadas para arrombar as portas e quebrar os cadeados, conforme divulgado pela administração do município e mostrado nas imagens.
Os homens foram conduzidos à Central de Polícia Judiciária (CPJ) de Praia Grande, onde permaneceram à disposição da Justiça. Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP), o caso foi registrado como furto a estabelecimento, apreensão e entrega de objeto.
As enchentes no Rio Grande do Sul, que começaram no final de abril, deixaram pelo menos 157 pessoas mortas, 88 desaparecidas e mais de 657,8 mil foram desalojadas. O desastre afetou um total de 2,3 milhões de moradores do estado em 463 das 497 cidades gaúchas, deixando um rastro de destruição e necessidade urgente de ajuda humanitária.