quinta, 14 de novembro de 2024
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“Homens famintos tem o direito de comer suas esposas” diz líder

Homens na Arábia Saudita têm direito a “comer as esposas se eles estiverem de situação de fome extrema”. Esta foi a decisão de um controvertido líder islâmico do país do…

Homens na Arábia Saudita têm direito a “comer as esposas se eles estiverem de situação de fome extrema”. Esta foi a decisão de um controvertido líder islâmico do país do Oriente Médio.

De acordo com o “Daily Mirror”, o xeque Abdul Aziz al-Sheikh emitiu uma fatwa (pronunciamento legal emitido por um especialista em lei religiosa islâmica, sobre um assunto específico) garantindo o direito aos sauditas que se encontrem sob risco de morte pela falta de alimento. Segundo ele, a decisão representa “o sacrifício das mulheres e a obediência aos maridos”.

“A fatwa é interpretada como prova do sacrifício das mulheres, a obediência delas ao marido e o desejo de dois se tornarem um”, afirmou uma nota atribuída ao xeque, que já defendeu publicamente a destruição de igrejas.

Mulheres têm direitos civis bastante limitados no Arábia Saudita. Entre outros vetos, elas não podem abrir conta bancária sem autorização do marido e não têm permissão para dirigir.

Apesar de campanhas contrárias, autoridades mantêm a proibição de mulheres ao volante e dizem que “punirão com rigor as regras contra os que contribuem para a violação da coesão social”.

Os opositores da proibição alegam que não há qualquer impedimento nos textos sagrados do islamismo. A Arábia Saudita é o único país do mundo onde as mulheres, oficialmente, não têm o direito de dirigir. Se infrigem, elas são presas e o carro é confiscado.

Um historiador saudita justificou a proibição de mulheres ao volante no seu país com um argumento insólito. Saleh al-Saadoon disse, em entrevista à Rotana Khalijiyya TV, que mulheres dirigem carros nas nações onde têm permissão porque não se incomodam se forem estupradas caso os veículos enguicem.

Além disso, até 2011 mulheres não votavam e não podiam se candidatar a cargo público na Arábia Saudita. Os direitos delas na vida política avançaram, mas ainda são limitados.

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