Cinco anos e treze dias após a morte to tricampeão de Barretos Virgilio Gonçalves, o peão Aparecido Alves dos Santos foi condenado durante o júri popular, nesta semana, no tribunal do júri do fórum de Novo Horizonte a 10 anos de prisão.
O julgamento foi comandado pelo juiz de direito Sérgio Ricardo Biella e teve início às 9h30, com o sorteio dos oitos jurados, ficando quatro homens e quatro mulheres.
Na seqüência, o Ministério Público dispensou o depoimento das testemunhas de defesa “os depoimentos das testemunhas já foram passadas e constam nos autos”, comentou o promotor dr. André Gandaro Orlando.
O advogado de defesa, Dr. Ribamar de Souza Batista e o assistente Dr. Jorge Geraldo de Souza, convocou as testemunhas de defesa do réu que deram suas versões sobre o que levou Aparecido a cometer o assassinato.
Durante seu discurso, Ribamar tentou convencer os jurados que seu cliente agiu em legítima defesa e sem premeditar o crime “O meu cliente foi agredido por Virgilio, inclusive teve sua camisa rasgado, se fosse um caso premeditado, Aparecido estaria preparado para fugir, porém ele nem possuía dinheiro para fugir”, comentou o advogado de defesa.
O promotor de justiça discordou do argumento apresentado “Se existiu um desentendimento e o réu [Aparecido] foi até o carro, pegou a arma e retornou para dentro do recinto e atirou na vítima isso no entendimento do Ministério Público é agir por premonição”, destacou André Gandaro Orlando.
Por volta das 17h, o juiz suspendeu o julgamento e os jurados foram levados, até uma sala secreta, onde responderam seis perguntas referentes ao crime e na seqüência, todos retornaram para a plenária, onde foi lido a sentença somando 10 anos de prisão no regime fechado.
Os jurados entenderam que não houve a premonição do crime, porém o Ministério Público irá recorrer junto ao Tribunal de Justiça e caso seja acatado o recurso, a pena de Aparecido poderá ser de 10 a 14 anos.