Um homem foi condenado a 54 anos de prisão por estuprar a enteada em Iguape, litoral de São Paulo. Segundo o Ministério Público de São Paulo (MP-SP), o criminoso se apresentava como um “guia espiritual” e manipulava a vítima para manter relações sexuais com ele, sob o pretexto de livrar a mãe dela de um “feitiço”.
A sentença, proferida pelo juiz Bruno Terra, também determina que o condenado pague uma indenização de R$ 100 mil à vítima. Os abusos começaram quando a menina tinha apenas 12 anos e se estenderam por mais de seis anos, conforme apurado pela promotora Fernanda Riviera Czimmermann, do MP-SP.
O homem exercia controle total sobre a vida da vítima, desde o uso do celular até as amizades e até as músicas que ela podia ouvir. Ele convencia a jovem a manter relações sexuais com ele até que completasse 18 anos. O caso, que segue em segredo de Justiça, revelou que a vítima não desconfiava da “dupla identidade” do padrasto até atingir a maioridade. Mesmo assim, os abusos continuaram sob a ameaça de que sua mãe poderia morrer caso ela não se submetesse ao padrasto.