Já está preso na cadeia de Jales, R.R.P, de 63 anos, acusado de aplicar golpes em sete cidades da região, incluindo Fernandópolis.
Ele se passava por funcionário de bancos e furtava cartões de crédito e débito das vítimas para efetuar saques e efetuar compras que chegaram a quase R$ 50 mil.
O estelionatário foi preso em sua casa no município de Indaiatuba – SP. Com ele a polícia encontrou 11 cartões que haviam sido furtados.
Uma das vítimas, a aposentada de Jales, L.G.G., contou que o homem se passou por funcionário de sua agência bancária para aplicar o golpe. “Ele chegou, se identificou como funcionário do meu banco, me pediu para verificar o cartão e disse que a data de validade havia expirado. Disse ainda que iria picotar o cartão e que dentro de 10 a 15 dias eu receberia um novo. Ele me pediu uma tesoura e, enquanto fui buscar, ele deve ter trocado o cartão”.
A aposentada revelou que o golpista picotou o cartão e entregou nas mãos dela. R$ 5.5 mil foram retirados de sua conta, mas o caso só foi descoberto após o banco bloquear o cartão por medida de segurança. “A Caixa percebeu anormalidade no tipo de saque e, felizmente, bloqueou meu cartão”, contou.
A polícia teve acesso à imagens feitas por câmeras de segurança de uma loja que comercializa chocolates em Jales que mostrou o suspeito fazendo compras utilizando um dos cartões furtados.
Segundo o delegado Sebastião Biazi, além dos cartões, o estelionatário conseguia retirar das vítimas os dados e senhas das contas.
A polícia já identificou 14 vítimas, todos aposentados. “Uma mulher telefonava para a vítima dizendo que era do banco, sabia os dados da vítima e dizia que enviaria um funcionário até a residência. Algum tempo depois o golpista chegava bem vestido, identificado com crachá do banco e dizia que o cartão estava com problema”, revelou Biazi.
Além das sete cidades da região, outros três municípios do estado receberam golpes do acusado. Biazi contou que a investigação começou há dois meses, quando os casos foram denunciados em Jales, onde foram feitas a maioria das vítimas.
O suspeito já tinha passagem pela polícia por estelionato. “Vamos dar sequencia nas investigações para identificar o possível envolvimento de mais pessoas no crime e possivelmente outras vítimas”, frisou o delegado.
A Caixa e o Banco do Brasil não realizam visitas domiciliares à clientes e nem solicitam dados por telefone ou e-mail.
Jornal A Tribuna