Um homem ainda não identificado é suspeito de entrar em uma escola de Potirendaba e assediar sexualmente de uma criança dentro da instituição. O caso aconteceu há cerca de 20 dias na Escola Municipal Vitório Botaro, mas só esta semana que os pais souberam do caso através do relato da mãe da aluna em uma reunião.
Uma das mães ouvidas pela Gazeta com a condição de não ser identificada, conta que a menina de apenas 10 anos relatou que o homem teria mostrado o órgão genital à criança. A menina então teria saído correndo e pedido ajuda, mas o autor não foi localizado.
A escola é vigiada por câmeras de monitoramento, mas que provavelmente não tenham registrado a ação já que o suposto crime teria ocorrido fora do alcance dos equipamentos.
Os pais de outros alunos procuraram a Gazeta para cobrar mais segurança na instituição. Nossa equipe foi até a escola que fica no bairro José Afonso Amato às 7h00 desta quinta-feira (20) e constatou a vulnerabilidade da unidade.
Para ter acesso ao prédio e até mesmo às salas de aula ninguém encontraria dificuldades já que no alambrado que cerca a escola existem dois buracos enormes. Além da tela quebrada, nos três portões de entrada de ônibus e alunos não encontramos nenhum inspetor de aluno, Guarda Municipal e nem Polícia Militar.
Pelos buracos no alambrado qualquer pessoa entra na quadra de esportes, local perto de onde supostamente teria ocorrido o assédio. Parte da tela já está baixa, sinal de que pessoas pulam e entram na escola.
Nossa equipe conversou com vizinhos da unidade e eles afirmam que à noite e aos finais de semana, crianças e até adultos entram na quadra da escola. Automaticamente qualquer pessoa tem livre acesso às salas de aula.
“Como eu vou deixar minha filha estudar em uma escola onde tudo é aberto e qualquer um tem acesso. A gente deixa nossos filhos na escola achando que lá eles estarão seguros, mas não. Só fica a incerteza do que pode acontecer”, diz uma das mães.
Procurada pela nossa reportagem, a mãe da menina supostamente assediada disse que já conversou com a Secretaria Municipal de Educação e prefere não se manifestar por enquanto. “Eles disseram que vão murar a escola, então eu vou aguardar o que eles vão fazer”, disse.
Questionada se ela registrou boletim de ocorrência para que a Polícia investigue o caso, a secretaria disse à mãe que a Guarda Municipal registrou o fato naquele dia, porém a Polícia Civil informou que nenhum boletim de ocorrência foi registrado até agora.
Nossa reportagem questionou também a assessoria de imprensa da prefeitura de Potirendaba sobre o caso, mas estamos aguardando retorno.
(Foto: Alex Henrique/Gazeta do Interior)
Gazeta do Interior