Um homem de Utah foi levado sob custódia nesta quarta-feira (3) como suspeito na investigação de cartas enviadas a funcionários do Pentágono e ao presidente Donald Trump. A suspeita era que as encomendas contivessem o veneno ricina, disse uma fonte da polícia.
William Clyde Allen III foi preso em Logan, Utah, por um mandado de causa provável, mas as acusações não eram esperadas até sexta-feira, disse a fonte.
Um comunicado do FBI em Salt Lake City disse que a agência estava investigando “produtos químicos potencialmente perigosos” em Logan, que fica a cerca de 106 km ao norte de Salt Lake City.
Segundo a Reuters, autoridades pediram às pessoas para evitar a área, disse o comunicado. “Nenhuma ameaça maior à segurança pública existe neste momento”, disse.
Investigadores americanos descartaram o terrorismo depois que os envelopes enviados para uma instalação de separação de correspondência do Pentágono foram sinalizados sob suspeita de ricina, afirmaram autoridades dos EUA nesta quarta.
Uma porta-voz do Pentágono disse que testes mostraram que o alerta de terça-feira foi desencadeado por sementes de mamona, das quais a ricina é derivada, ao contrário da substância mortal em si.
Autoridades norte-americanas de segurança e de aplicação da lei disseram separadamente que uma investigação ativa contra o terrorismo não estava sendo conduzida para os envelopes.
A ricina é encontrada naturalmente nas sementes de mamona, mas é preciso um ato deliberado para convertê-la em uma arma biológica. A substância pode causar a morte dentro de 36 a 72 horas de exposição a uma quantidade tão pequena quanto uma cabeça de alfinete. Nenhum antídoto conhecido existe.
Uma das cartas foi endereçada ao secretário de Defesa dos Estados Unidos, Jim Mattis, e o Pentágono disse na terça-feira que colocaria suas instalações de correio sob quarentena.