Um morador de Votuporanga foi condenado ontem (10) a mais de um ano de reclusão por injúria racial por proferir xingamentos a outro morador, chamando-o de ‘preto e macaco fedido’. O caso foi em 2018, quando a vítima estava na varanda de casa e foi insultada pelo réu, que passou na frente da residência, no bairro Cohab Brisa Suave.
Ao ouvir a injúria, a vítima do racismo, que estava acompanhada de familiares e outras testemunhas, chamou a Polícia Militar. Os PMs foram até a casa do réu – que morava junto com a mãe. Ele resistiu e arremessou uma cadeira contra um policial.
Durante as ofensas à vítima, um vizinho também alegou ter sido xingado de ‘filho da puta´ e que a mulher dele era ‘corna’. O condenado é deficiente físico, mas durante o processo ficou provado não ter problemas mentais. Ao ser interrogado no Fórum, negou o crime.
Alegou que retornava de uma padaria, quando a vítima apontou o dedo e começou a rir e uma outra pessoa teria se aproximado e falado que o morador ‘que iria lhe pegar’.
Por isso, segundo ele, ficou nervoso e disse ‘o nego sai daí, o que eu te fiz’. Também alegou que falava por aplicativo de celular com uma amiga e chegou a proferir a palavra ‘macaco’, mas não dirigida à vítima. Na sentença, o juiz aplicou a pena criminal e fixou indenização de R$ 10 mil às vítimas. A pena de reclusão foi substituída por prestação de serviços à comunidade.