Cícero Weldo Gomes foi condenado a 30 anos de prisão em regime fechado por assassinar sua ex-esposa, Juliana Landin Simão Gomes Lima, em um crime brutal que chocou a cidade de São José do Rio Preto (SP).
O Tribunal do Júri condenou Cícero por homicídio quadruplamente qualificado: motivo torpe (ciúme e inconformismo com a separação), meio cruel (asfixia com fita adesiva), recurso que dificultou a defesa da vítima e feminicídio (crime cometido por razões da condição de sexo feminino).
O crime ocorreu em janeiro de 2019 e o júri popular só aconteceu na última quinta-feira (25), mais de cinco anos depois. Segundo a juíza Gláucia Véspoli dos Santos Ramos de Oliveira, Cícero agiu com “extrema violência, perversidade e covardia”, demonstrando “total desprezo à dignidade da vida humana”.
Detalhes do crime:
Motivação: Cícero não aceitava o fim do relacionamento e o divórcio pedido por Juliana.
Crime premeditado: Cícero trocou os pneus do carro para fugir, sacou R$ 4 mil no banco e se passou pela vítima em conversas com familiares no WhatsApp.
Violência extrema: Cícero amarrou as mãos, pés e boca de Juliana com fita adesiva e a estrangulou.
Cena macabra: Cícero colocou diversos porta-retratos com fotos do casal ao lado do corpo da ex-esposa, além de bonecas de noiva com a cabeça arrancada.
Tentativa de despistar: Após o crime, Cícero fugiu para Pernambuco com o carro do casal.
Justiça:
A Justiça considerou que as provas contra Cícero eram robustas, incluindo confissão e imagens de câmeras de segurança.
A pena de 30 anos de prisão em regime fechado foi considerada justa, considerando a gravidade do crime e a crueldade com que foi cometido.
A defesa de Cícero recorreu da decisão.
O caso:
Juliana Landin Simão Gomes Lima, de 37 anos, era enfermeira e tinha uma filha de 10 anos com Cícero.
O corpo de Juliana foi encontrado no dia 18 de janeiro de 2019 em um prédio na Rua Teodoro Del Monte, no bairro São Manoel.
Cícero foi preso no mesmo dia, em Buíque (PE), ao tentar fugir com o carro do casal.