Um homem foi condenado pela Justiça de Tabapuã, na região de Rio Preto, a 41 anos e seis meses de prisão por homicídio triplamente qualificado e por participação em grupo de extermínio. Segundo a investigação, ele fazia parte do “tribunal do crime” e era membro de alta hierarquia do Primeiro Comando da Capital (PCC).
De acordo com investigação, Antônio Reis dos Santos é apontado como “Sintonia 17”, responsável até então por determinar quem deveria ser morto no “tribunal do crime”.
Ele está preso pelo homicídio de Alexandre Pereira de Souza, que teve corpo encontrado em estado de decomposição nas proximidades de Catiguá, também na região de Rio Preto, em 2018. A vítima teria cometido pequenos delitos na região para sustentar vício em drogas e agredido um homem no bairro Bom Pastor, em Catanduva, cidade onde morava.
Histórico
Alexandre Pereira de Souza, segundo depoimentos no decorrer da investigação, teve a casa invadida por um homem que tinha intenção de levá-lo do local.
Alexandre conseguiu escapar ao pular o muro, porém, poucos metros depois foi abordado por ao menos 30 pessoas.
A vítima foi colocada dentro do porta-malas de um Gol prata. Familiares de Alexandre nunca mais tiveram notícia dele até a polícia encontrar um corpo em decomposição sem mandíbula e os ossos da mão direita.
A identificação do corpo ocorreu após exame de DNA.
Drogas e delitos
Em um depoimento à polícia, um homem que aparece como réu na ação ao lado de Antonio Reis dos Santos, afirmou ter sido agredido por Alexandre com golpes de facão. Isso porque, Alexandre teria ficado irritado ao ouvir o homem dizer que ele estava em casa e que um oficial de Justiça poderia insistir em chama-lo para que ele fosse intimado na Justiça.
Em outro depoimento, o réu disse que viu Alexandre apanhar de “moleques” do bairro por supostamente cometer delitos na região. Ele cita, inclusive, que Alexandre havia “subtraído bens da igreja de Padre Osvaldo”.
Desempregado, Alexandre cometeu alguns delitos na região para sustentar o vício em drogas, aponta outro depoimento.
Ele sabia que estava “jurado de morte” e chegou a cogitar fugir para São Paulo. Estes seriam os motivos para Alexandre ser “julgado” pelo “tribunal do crime”.