segunda, 18 de novembro de 2024
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Homem confessa ter assassinado ex durante surto psicótico

O ex-companheiro de Andresa de Oliveira Lopes, 33 anos, assassinada a facadas na madrugada de segunda-feira (21) no bairro Etemp, em Araçatuba, confessou a autoria de crime. O pedreiro de…

O ex-companheiro de Andresa de Oliveira Lopes, 33 anos, assassinada a facadas na madrugada de segunda-feira (21) no bairro Etemp, em Araçatuba, confessou a autoria de crime. O pedreiro de 30 anos, morador no residencial Atlântico, se apresentou na manhã desta terça-feira (22) na DIG (Delegacia de Investigações Gerais) e alegou ter matado a vítima durante surto psicótico. Ele, no entanto, vai responder em liberdade.

Por ter se apresentado espontaneamente e estar colaborando com as investigações, o acusado responderá pelo crime em liberdade. O delegado Marcelo Curi acompanhou o trabalho da perícia no local onde o corpo de Andressa foi encontrado. Segundo ele, desde o início o ex-companheiro foi apontado como principal suspeito e pessoas disseram que o casal esteve em um bar na noite de domingo. “Fomos até a casa dele e, como não o encontramos, aumentou a suspeita sobre ele”, conta.

Sabendo que estava sendo procurado, o pedreiro contratou um advogado e foi até a delegacia. Ele contou que conviveu com Andresa por três anos, estando há oito separados. No domingo eles se encontraram em um bar e, como queria conversar com a ex sobre um assunto pessoal, entraram no carro dele e foram até a casa dela.

CONVERSA

“Ele alega que foram conversando durante o trajeto e, quando estavam na frente da casa da vítima, ela teria debochado dele. Isso o fez ficar fora de si, até por estar passando uma fase depressiva e tomando remédios controlados, que, misturado à bebida alcoólica, teria contribuído para essa atitude”, relata.

O acusado alegou não se recordar de nada do que fez durante o surto psicótico que sofreu, nem mesmo como deixou o local. Ele disse que só voltou a si quando bateu com o carro na cerca de uma propriedade em uma estrada que leva à lagoa Três X, à margem da rodovia Elyeser Montenegro Magalhães (SP-463). Por isso, não soube informar o paradeiro da faca usada no crime. Ele alegou que a carregava no carro junto com ferramentas de trabalho.

JUSTIÇA
Curi explica que o acusado responderá em liberdade porque não há requisitos para pedir a prisão temporária dele, que não foi detido em flagrante. “O pedido de prisão não tem a ver com a prova de autoria. Em regra, a prisão só ocorre após a condenação. A exceção existe se há risco do acusado deixar a cidade, indícios de ameaça a testemunhas ou de estar desaparecendo com provas”, esclarece. O corpo de Andresa foi velado na casa da mãe dela e enterrado na manhã desta terça-feira (22).

Folha da Região

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