Comandada pela inspiração da meia-campista Sherida Spitse e com um segundo tempo arrasador, a seleção da Holanda derrotou a Itália por 2 a 0 neste sábado, em Valenciennes, manteve os 100% de aproveitamento no torneio e se classificou pela primeira vez em sua história a uma semifinal do Mundial Feminino.
O adversário na próxima fase das holandesas sai do vencedor do duelo entre Alemanha e Suécia, que medem forças neste sábado, às 13h30 (de Brasília), em Rennes. A semifinal será disputada na próxima quarta-feira, em Lyon. Já a Itália dá adeus à competição igualando a campanha de 1991, quando também caiu nas quartas de final.
A outra semifinal já está definida: Inglaterra e Estados Unidos se enfrentam na próxima terça-feira, às 16 horas, também em Lyon. As norte-americanas são as maiores vencedoras da competição, com três títulos em sete edições, incluindo o último no Canadá, em 2015.
A Holanda foi superior em praticamente todo o jogo. É certo que não teve as melhores oportunidades de gol no primeiro tempo, mas se impôs, atacou mais e comandou as ações, especialmente na etapa final.
O massacre holandês começou a ser exercido na segunda etapa. Com mais qualidade nos passes, as jogadoras da Holanda tiveram muito mais posse de bola (63%) e foram pacientes. Finalizaram, no total, 20 vezes, sendo nove tentativas no gol, contra oito das adversárias (apenas quatro na meta).
Foi no segundo tempo que apareceu a inspiração de Spitse, que não foi eleita a melhor da partida pela Fifa – Miedema ficou com o prêmio -, mas contribuiu decisivamente para o triunfo. A camisa 8 foi fundamental nas bolas paradas, dando as assistências para os dois gols da partida.
Primeiro, Spitse levantou da esquerda para Miedema abrir o placar de cabeça aos 25 minutos e anotar seu terceiro tento no torneio. Depois, 10 minutos depois, cobrou falta da direita na cabeça de Van Der Gragt, que fechou a conta.
Prejudicada pela ausência de sua principal jogadora, a craque Cristiana Girelli, machucada, a Itália não conseguiu reverter a desvantagem e quebrar o domínio do rival na partida. Restou a Girelli, artilheira da equipe na Copa do Mundo, com três gols, chorar no banco de reservas.