Um dos herdeiros do grupo que faz a cachaça 51 e sua família serão enterrados neste domingo (28) em Pirassununga (a 211 km de São Paulo).
O empresário Marcelo Müller, 33, (acionista e neto do fundador da Companhia Müller de Bebidas, que produz a cachaça Pirassununga 51); sua mulher, a advogada Lumara Rocha da Silva Passos Müller, 31; a filha do casal, Georgia Passos Müller, de dois anos, morreram na queda de um helicóptero neste sábado (27) em Bertioga (a 103 km de São Paulo), no litoral paulista.
De acordo com o IML (Instituto Médico Legal) de São Paulo, os corpos foram liberados por volta das 3h e um representante da família já encaminhou os corpos para Pirassununga.
O instituto também confirmou que identificou a última vítima do acidente, a babá Raquel dos Santos Villasboas, 26. O corpo de Raquel e do piloto da aeronave, Thiago Yamamoto Morais, 33, foram liberados por volta das 8h30.
O corpo do piloto foi sepultado por volta das 11h no Cemitério da Paz, na região do Morumbi, na zona oeste de São Paulo. A babá será enterrada às 16h no Cemitério Jardim da Paz, em Embu das Artes, na Grande São Paulo.
ACIDENTE
A queda foi em um mangue próximo ao km 229 da rodovia Rio-Santos, na altura do bairro Sítio São João. No impacto com o solo, a aeronave explodiu. Todos os cinco passageiros morreram carbonizados.
Müller e a mulher decidiram levar a filha para um hospital em São Paulo porque a menina estava com uma virose. A família Müller morava na capital paulista. Eles estavam hospedados na casa de amigos no condomínio Iporanga, onde passaria as festas de final de ano.
Foi então que Müller contratou a Helimarte, que enviou o helicóptero do Campo de Marte (zona norte) para buscá-los.
Pessoas que estavam próximas ao local da queda registraram a aeronave ainda em chamas após o acidente. Pescadores que viram o helicóptero disseram que a aeronave levantou voo do condomínio Iporanga, atravessou um canal e logo caiu.
Técnicos da Aeronáutica foram ao local para apurar as razões do acidente. As causas ainda não estão claras –o tempo estava bom na região. Como parte da investigação, será verificado, por exemplo, se o helicóptero apresentou falha mecânica e se o piloto cometeu erro.
Dona do avião, a Helimarte disse que a aeronave estava em “perfeitas condições de voo” e não quis dizer se o piloto havia reportado alguma falha durante o voo. “Todas as informações estão sendo prestadas às autoridades que investigam a ocorrência”, disse a empresa, que lamentou o acidente.
A aeronave, um Helibras Esquilo prefixo PT-HNC, fabricado em 1989, estava com a situação regular na Anac (Agência Nacional de Aviação Civil). A inspeção anual de manutenção venceria em fevereiro do ano que vem.
O seguro estava válido, e o piloto tinha habilitação em dia. A Helimarte havia colocado o helicóptero à venda por R$ 3,3 milhões. De 2004 a 2013, helicópteros estiveram envolvidos em 17% dos acidentes aéreos no Brasil, com 189 casos.