Represadas
Pelo menos 1,5 mil cirurgias não-emergenciais ficarão represadas no Hospital de Base de Rio Preto por dez dias para economizar relaxantes musculares e sedativos, medicamentos em falta em todo o País e que são fundamentais para entubar pacientes graves de Covid-19.
Varredura
Enquanto isso, o setor de compras do HB faz uma varredura que vai de hospitais e prefeituras de pequenos municípios da região a laboratórios, instituições hospitalares, universidades e centros de pesquisas parceiros espalhados por vários países, como Portugal, México, Holanda e Argentina, por exemplo, na tentativa de adquirir os remédios e repor o estoque em baixa.
Salas paradas
A decisão de suspender as chamadas cirurgias eletivas e exames que demandam sedativos e relaxantes musculares desagradou parte da equipe médica do HB, que conta com 24 centros cirúrgicos e vinha operando normalmente mesmo com a crise sanitária. Agora, são apenas cinco salas em atividade para os casos de emergência. A Secretaria Municipal de Saúde suspendeu os procedimentos não-emergênciais em março.
Ganhando tempo
Segundo a médica Amália Tieco, diretora executiva do HB, apesar de a medida afetar diretamente tantos pacientes que estão com cirurgias previstas, uma vez que a instituição atende 107 cidades da região, a medida será reavaliada em dez dias e os procedimentos só serão retomadas se o estoque for reposto.
Situação inédita
“Em situações normais e com o crescimento no número de pacientes, só teríamos estoque para uma semana. Nunca tínhamos vivido algo parecido”. Até lá, diz Amália, o setor de compras segue rastreando possíveis fornecedores. Amigos médicos espalhados pelo mundo estão ajudando, segundo a diretora.