sábado, 23 de novembro de 2024
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HB derruba paredes para abrigar mais UTIs para casos de Covid

Canteiro de obras Um frenético canteiro de obras cercado por tapumes no 3º andar do Hospital de Base de Rio Preto – com algumas paredes derrubadas e outras “rasgadas” para…

Canteiro de obras
Um frenético canteiro de obras cercado por tapumes no 3º andar do Hospital de Base de Rio Preto – com algumas paredes derrubadas e outras “rasgadas” para instalações especiais – chama a atenção dentro da instituição. Embora sem confirmação oficial, o DLNews apurou que o espaço está sendo adaptado para abrigar mais leitos de UTI preparados para receber pacientes Covid-19.

Abrindo espaço
O HB já tem quatro UTIs que foram criadas para esta finalidade, somando até o momento 117 leitos. Mas a ocupação já chegou a bater em 96%. A direção do hospital, referência para atendimento dos casos mais graves da doença em 107 cidades da região, incluindo Rio Preto, chegou a afirmar, três semanas atrás, que não tinha mais espaço físico nem recursos humanos para ampliar a oferta ao Estado. Tudo indica, no entanto, que a diretoria vem se preparando para a demanda que não para de crescer.

Problema
No caso do Hospital de Base, convênios para novos leitos são firmados com a Secretaria de Saúde do Estado. No entanto, na live desta terça-feira (28), em que são apresentados os dados da Covid-19 em Rio Preto, o secretário municipal da Saúde, Aldenis Borim, afirmou que a saturação rápida dos leitos criados nas últimas semanas se tornou o grande problema no combate ao avanço do novo coronavírus em toda a região.

Números em alta
Segundo o boletim Covid-19, na segunda (27), o Hospital de Base estava com 99 dos 117 leitos de UTI ocupados. A Santa Casa, que é hospital referência para pacientes de Rio Preto, por exemplo, atingiu 100% de ocupação de UTI e enfermaria nesta terça (28). Além de HB e Santa Casa, Rio Preto conta ainda com leitos no Hospital de Jaci e na UPA Jaguaré. Rio Preto soma, até esta terça-feira (28), 7.927 infectados pelo novo coronavírus e 219 mortes.

Hospital de campanha
Entre os hospitais privados, o Austa também está com obras aceleradas na construção de um hospital de campanha para onde serão transferidos todos os atendimentos a pacientes com síndrome respiratória, forma que o prédio atual fique exclusivamente para os outros tipos de pacientes.

35 leitos
O hospital de campanha terá 35 leitos no total, com cinco para pacientes que precisarem de isolamento e outros dez de UTI. A estrutura vai atender pacientes particulares e de convênios atendidos pelo Hospital Austa.

R$ 12 milhões
A construção da nova estrutura segue o cronograma previsto, segundo a assessoria de imprensa do hospital, quando foi feito o anúncio de investimento de R$ 12 milhões para esta finalidade. Os recursos estão sendo injetados pela Rede Hospital Care, a quem o Austa se associou.

Elevou o tom
Diante da decisão do prefeito Edinho Araújo (MDB) de manter super e hipermercados fechados aos sábados e domingos em Rio Preto, o diretor regional da APAS, José Luís Sanches, elevou o tom, disse que a decisão do STF favorável à prefeitura é política e que a entidade vai insistir na guerra judicial, embora se mostre sem grande esperanças de reverter a medida para o próximo final de semana. “Toffoli fica até a próxima segunda-feira. Difícil mudar qualquer coisa antes de ele sair”, afirmou o supermercadista à coluna.

Respaldado por Toffoli
Respaldado pela vitória no STF, Edinho decidiu prorrogar decreto que impõe lei seca em Rio Preto entre 20h e 6h de segunda a sexta e durante todo o final de semana. E também determina o fechamento de hiper e supermercados aos sábados e domingos. A medida, que deixaria de valer na próxima quinta (30), agora vai vigorar até o dia 10 de agosto. Como contrapartida, os estabelecimentos vão poder funcionar entre 6h e meia noite durante a semana.

Supermercados fechados 2
A decisão ocorreu após o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Antonio Dias Toffoli, negar nesta terça-feira (28) reconsideração da APAS (Associação Paulista de Supermercados), que pedia reabertura dos estabelecimentos aos finais de semana. Um dia antes de a entidade entrar com o pedido, o próprio Toffoli deu razão à Prefeitura de Rio Preto. As medidas são para evitar aglomerações e tentar reduzir o avanço do novo coronavírus na cidade.

“Então fecha tudo”
“Se é assim, por que ele não edita um decreto fechando tudo? Temos fotos que mostram shoppings, a Leroy Merlin, a Decathlon e vários outros locais do gênero lotados. Nós oferecemos serviços essenciais, e não eles. Estamos preparados para evitar aglomerações”, criticou Sanches. Ainda segundo o empresário, a ampliação do horário não resolve a vida de todos os supermercadistas. “Beneficia quem já abre até este horário. O consumidor não vai procurar os locais que não funcionam normalmente até meia noite”, completou. De novo, segundo Sanches, o governo não ouviu o setor antes de tomar a decisão, se submetendo a exigências do “pessoal da saúde”.

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